quarta-feira, 31 de maio de 2023

Foco de influenza aviária no RS não atinge produção e consumo

 Estado confirmou na noite de segunda-feira casos da doença em aves silvestres encontradas mortas na Reserva Ecológica do Taim

Apesar do alerta gerado com a confirmação do primeiro foco de gripe aviária na Reserva Ecológica do Taim, no Rio Grande do Sul, as condições sanitárias do Estado e a produção comercial não são afetadas. O Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) reforça que a infecção pelo vírus da gripe aviária em aves silvestres não causa impactos ao comércio de produtos avícolas. E também não há risco no consumo de carne e ovos, porque a doença não é transmitida por meio do consumo.

A detecção de foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em aves silvestres localizadas próximas à Lagoa da Mangueira, no município de Santa Vitória do Palmar, foi confirmada na noite de segunda-feira.  O local está interditado por tempo indeterminado. Ao todo, 60 aves foram encontradas mortas. É o primeiro caso no Rio Grande do Sul desde a chegada do vírus na América do Sul e no Brasil e não afeta a condição do Estado e do país como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

O vírus foi identificado em aves marinhas da espécie Cygnus melancoryphus, conhecida como cisne-de-pescoço-preto. A notificação de animais mortos ou doentes foi atendida pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) e as amostras colhidas foram enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), unidade referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), que confirmaram a doença.

A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas. As medidas e procedimentos previstos no Plano de Contingência para Influenza Aviária continuam sendo aplicados pelo SVO incluindo o estabelecimento das zonas de proteção e vigilância. Cinco equipes de vigilância da Secretaria atuam na região. Até o momento foram visitadas 74 propriedades rurais, localizadas no raio de 10 km do local, para investigação clínica e epidemiológica, além de orientações à população da área e sensibilização para a notificação de suspeitas em aves domésticas. Nenhum caso suspeito em aves domésticas foi detectado. Essas ações visam limitar a ocorrência e evitar a disseminação da doença para outras áreas.

A doença já foi diagnosticada no Brasil no dia 15 de maio, em duas aves marinhas da espécie trinta-réis-de-bando e em uma ave migratória da espécie atobá-pardo, no litoral do Espírito Santo. No final de semana, outros casos foram registrados, incluindo um no Rio de Janeiro.


Correio do Povo

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