domingo, 28 de maio de 2023

Abertura do Hospital Parque Belém deve ocorrer em julho

 Fechado desde 2017, hospital está com a fachada deteriorada

Com uma área construída de 14 mil metros quadrados encravada na avenida Oscar Pereira, bairro Belém Velho, na Zona Sul, o Hospital Parque Belém segue abandonado e fechado para os novos proprietários. No final de abril, a Justiça colocou o prédio em leilão, que acabou arrematado por R$ 17,4 milhões pela Associação Hospitalar Vila Nova (AHVN). Após a homologação do certame em maio, a expectativa da AHVN era pegar as chaves e começar as obras de revitalização este mês, mas o Sanatório Belém e a empresa Rickes Comercial LTDA contestaram o resultado e ingressaram com recurso para anular o leilão. 

A briga na Justiça é mais um episódio envolvendo a antiga administração do hospital. O diretor juridico da AHVN, Ridan Colognese, afirma que a fundamentação utilizada pela defesa dos antigos administradores do hospital é a mesma de leilões anteriores. “Já respondemos aos embargos e demonstramos no processo a necessidade e a urgência da imissão na posse. Existem vários reparos que precisam ser feitos no prédio. Pelas informações que temos, o local é alvo de vandalismo, porque tem apenas uma pessoa cuidando do prédio. Há relatos de furto de fios, além de depredação da estrutura”, justifica.

A previsão inicial dos novos donos era assumir a administração até o final de maio, mas como o julgamento do recurso deve ser realizado até o final da próxima semana, a expectativa da AHVN é pegar as chaves apenas em julho. Conforme Colognese, a última visita dos representantes da associação ao hospital ocorreu com a companhia de uma leiloeira 75 dias antes do leilão. “Não temos a mesma ideia de que esteja na mesma situação. São constantes boletins de ocorrência policial, furto de fios, depredação de prédio, furto de aberturas. Isso já causa certa preocupação de não conseguir fazer as coisas no prazo estabelecido”, afirma.

Segundo Colognese, o ex-proprietário contesta o cumprimento de prazos de editais e o valor pago pelo imóvel. “São invocações protelatórias, infundadas, só para atrasar o processo”, destaca, reforçando que as dívidas trabalhistas dos antigos proprietários ultrapassam os R$ 20 milhões. A intenção dos novos donos é que o espaço atenda 100% SUS. Inicialmente a ideia é disponibilizar 80 a 100 leitos de retaguarda. “Como o hospital tinha uma ala praticamente pronta para ser aberta, que foi reformada há pouco tempo e tem estrutura finalizada, seria mais uma limpeza e alguns ajustes”, completa.


Correio do Povo

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