quinta-feira, 27 de abril de 2023

PL, Republicanos e Novo sinalizaram com controle com projeto de Leite para o IPE Saúde

 Bancadas dos três partidos mais à direita foram recebidas em ciclo de reuniões e mostraram sugestões para o texto


Uma preocupação para o governo, o posicionamento das bancadas mais à direita no projeto do IPE Saúde não deve ser um problema para a aprovação. Pelo menos no que pode ser visto na rodada de reuniões que segue sendo feita com os deputados estaduais no Palácio Piratini , coordenados pelo secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos. Nesta quarta-feira, o PL, que se define como uma oposição de direita, os Republicanos, que como sigla está na base, mas que garantiu autonomia aos deputados a cada matéria, e o Novo, independente, foram recebidos na sede do Executivo. Somadas, as bancadas contam com 11 deputados. 

O PL, que tem cinco deputados, encerrou a rodada desta terça-feira. Na saída do Piratini, já à noite, o líder da bancada dos liberais, deputado Rodrigo Lorenzoni, definiu a reunião como "produtiva e positiva" e que houve reciprocidade por parte do governo. "Do ponto de vista conceitual, entendemos que o projeto é relevante. Ele ataca distorções que tiram a sustentabilidade do IPE Saúde", afirmou. No entanto, ele afirmou a necessidade de aprofundar questões para que as mudanças não tragam discrepâncias. 

O deputado disse que a bancada pediu os dados referentes a servidores com menores salários para entender os cálculos do governo e, se necessário, propor emendas para "atender interesses do Estado e dos gaúchos e não do governo". Já o líder dos republicanos, Delegado Zucco, afirmou que o primeiro desenho do projeto do governo de Eduardo Leite sobre o plano está de pé ao que pensa a bancada. "Sim. Vai na linha do que os Republicanos querem para o IPE Saúde, que é a sustentabilidade e que seja um plano de saúde que abrange todos os servidores", disse.

Conforme o deputado, as sugestões foram conseguidas no que tange a fiscalização para coibir fraudes e o excesso do uso de alcance de internações. Além disso, os deputados pediram detalhes sobre o déficit do IPE Saúde, mais informações sobre sinistralidade, sobre o orçamento e de contratos com prefeituras. 

"Desta vez estamos tendo o diálogo prévio das propostas que serão compradas, o que é muito bom para a democracia e para o Estado", disse Zucco, que lidera a bancada também composta por cinco deputados. 

Proposta razoável 

Atuando de forma independente, o deputado Felipe Camozzato, único representante do Novo na Assembleia, vê como "razoável" a proposta do governo, mas garantiu uma preocupação na reunião com Lemos. 

"O desajuste do IPE Saúde não recaia no bolso do cidadão gaúcho que não é usuário do plano". Ele admite que o aumento da alíquota de contribuição é um "remédio amargo", mas se nada for feito o sistema será precarizado ou se tornará inviável. 

O deputado entende que a reforma proposta pelo governo torna atraente o plano para servidores com maiores salários e menor sinistralidade, aumentando a arrecadação do plano e garantindo o tratamento de servidores com salário menor. Entre as sugestões aprovadas pelo Novo estão que a tabela dos dependentes leve em conta o histórico de saúde, podendo dirimir desarranjos.

Reuniões seguem

PP e PDT já foram recebidos na rodada de encontros. Nesta quinta-feira está prevista uma reunião com os dois deputados da bancada do Podemos. Após o feriado, na terça-feira, será a vez das bancadas da União Brasil, MDB e PSDB apresentarem propostas ao governo, que pretendem protocolar o projeto ainda no começo de maio.

Correio do Povo

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