Ministro da Fazenda cumpre agenda em São Paulo nesta sexta-feira
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , disse nesta sexta-feira, que em abril a sua massa vai soltar cerca de 12 medidas na área de crédito para melhorar o ambiente do segmento. Haddad, que cumpriu agenda em São Paulo nesta sexta-feira, fez essa afirmação ao ser questionado pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o que a Fazenda estava fazendo para tentar reduzir o juramento na ponta do consumidor que é assustadoramente maior que a taxa Selic, jura de referência da economia, o qual o governo tanto combate.
Uma reportagem colocou para o ministro a exorbitância, por exemplo, do jurado cobrado sobre a dívida do cartão de crédito. "Olha, acabamos de fazer isso com o crédito consignado. O crédito consignado era cobrado jurado de 2,11% por grandes bancos. Então o governo tomou providências para salvaguardar a economia dos nossos aposentados", disse o ministro.
Ele disse que agora está com um grupo de estudos para o rotativo do cartão de crédito, que "é um outro abuso", disse o ministro acrescentando que, nas suas reuniões de hoje, recebeu representantes de bancos e que teria colocado para eles que isso é ruim para a própria margem dos bancos.
"É uma coisa que não tem explicação. Você não consegue explicar no Brasil e nem no exterior uma taxa dessa. Independente de estar ou não alta a taxa do BC, o rotativo não está alto. É uma coisa estratosférica", criticou o ministro.
De acordo com ele, o governo precisa tomar providências para trazer as taxas de juros cobradas na ponta do consumidor a bons termos. Ele lembrou que medidas como as que serão propostas agora já foram tomadas no Brasil no que diz respeito ao cheque especial, que mesmo ainda tem espaço para que sua taxa de juro seja reduzida.
Sobre as 12 medidas, ele disse que serão soltas em abril na área do crédito. Haddad afirmou que alguns vão desde o aval as PPPs, que são grandes investimentos em infraestrutura, passando por debêntures que não pagam imposto de renda até garantias que são dadas no sistema de crédito para baixar os spreads.
"Então começou a replanejar o Brasil a partir desta medida que vai acomodar uma série de outras medidas que são necessárias para equilibrar a economia brasileira", disse.
Agência Estado e Correio do Povo
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