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domingo, 30 de abril de 2023

EUA pede a Pequim que pare com ação "provocativa" no Mar da China Meridional

 Navio da guarda costeira chinesa cortou o trajeto de um barco de patrulha filipino

Os Estados Unidos exortaram a China neste sábado (29) a parar com sua "conduta provocativa e arriscada" no disputado Mar da China Meridional, depois que um navio da guarda costeira chinesa cortou o trajeto de um barco de patrulha filipino, causando quase uma colisão .

Dois dias antes de o presidente Joe Biden receber seu homólogo filipino, Ferdinand Marcos, na Casa Branca, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, classificou em comunicado as imagens do incidente como um retorno do "assédio e intimidação" da China aos navios filipinos na região em disputa.

"Pedimos a Pequim que desista de seu comportamento provocativo e arriscado", disse Miller, acrescentando que qualquer ataque aos militares filipinos sofreria uma resposta americana.

O quase acidente das Ilhas Spratly foi o último de uma longa série de incidentes entre a China e as Filipinas nesta rota marítima.

Pequim reivindica soberania sobre quase todo o Mar da China Meridional, ignorando uma decisão internacional de que tal reivindicação não tem base legal.

A AFP foi um dos vários meios de comunicação a testemunhar o incidente após um convite para jornalistas se juntarem a dois barcos da Guarda Costeira filipina em uma patrulha de seis dias pelas águas, visitando uma dúzia de ilhas e recifes.

Navios filipinos se aproximaram do recife Second Thomas Shoal, conhecido na China como Ren'ai Jiao, no arquipélago Spratly.

Quando o BRP Malapascua, transportando jornalistas filipinos, se aproximou do banco de areia, um navio da guarda costeira chinesa com mais de duas vezes seu tamanho cruzou seu caminho.

Os jornalistas da AFP assistiram ao incidente do outro navio da guarda costeira filipina, que estava a menos de um quilômetro de distância.

O comandante do Malapascua disse que o navio chinês chegou a 45 metros de sua embarcação e que suas ações rápidas impediram que os navios de casco de aço colidissem.

O Ministério das Relações Exteriores da China disse na sexta-feira que os navios filipinos tinham "se intrometido" sem a permissão da China, chamaram isso de "ação premeditada e provocativa".

Mas Manila contra-atacou: "Patrulhas de rotina em nossas próprias águas não podem ser premeditadas nem provocativas", insistindo na continuação das missões de patrulha na região.

O incidente ocorreu apenas um dia depois que o presidente Marcos recebeu o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, para conversas em Manila para acalmar o estresse na rota marítima.

Marcos insistiu que não permitiria que a China desrespeite os direitos das Filipinas no mar e acenou para os Estados Unidos em um esforço para fortalecer os laços de defesa.


AFP e Correio do Povo

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