Em evento de recepção aos novos servidores, o governador pediu que eles tivessem "indignação" para resolver os problemas da população
Na véspera de votações importantes na Assembleia que envolve servidores, o governador Eduardo Leite (PSDB) participou na noite desta segunda-feira do encerramento de um seminário promovido pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (SPGG) de integração de novos servidores, na Casa da Ospa, no Centro Administrativo, em Porto Alegre.
Aos presentes, ele lembrou que os pais são professores aposentados da UFPel e os irmãos mais velhos são delegados da Polícia Federal e fiscais do Ministério da Agricultura. “Sou de família de servidores públicos. Sou também um servidor, mas fui contratado pelo povo com prazo de validade. Quem está no serviço público não pode estar apenas pela remuneração no final do mês, um contracheque. É uma missão de vida nos colocarmos à disposição do outro”, disse o governador.
A tônica da fala de Leite, que disse ainda ser apenas a demanda de remuneração condizente com as responsabilidades, seguiu a linha de pedir aos novos servidores “indignação” em resolver os problemas da população.
“Desculpem a expressão, mas estou de saco cheio desse tempo em que a gente vive onde as pessoas (...) simplesmente aprecie de encontrar os problemas. É só o que a gente vê. Na política então, é só o que se vê. É culpa dessa, é culpa disso. Para culpados são muito bons. Para soluções, muito poucos”, disse em determinado momento, pedindo que soluções sejam encontradas.
Em outro trecho de sua fala, ele voltou a falar sobre cumprimentos. “Salário pra quem paga sempre é muito, para quem recebe sempre é pouco”, afirmou, reiterando ser apenas a pedida por melhores remunerações. “Eu governo fazendo o governo que nem sempre é o que gostaria. É preciso fazer concessões.” Leite deixou o local sem falar com a imprensa, retornando ao Piratini, onde teria reuniões com deputados da base.
Correio do Povo
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