Aporte de R$ 17 bilhões contempla todas as linhas de crédito, segundo o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, Pedro Estevão
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) aguarda para esta semana o anúncio de R$ 17 bilhões para todas as linhas de crédito do Plano Safra 2022/2023, conforme teria sinalizado o Ministério da Agricultura (Mapa). A informação é do presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, Pedro Estevão Bastos.
Segundo Bastos, a notícia anima o setor, que, no momento, passa por represamento de pedidos por falta de recursos com juros subsidiados - em 12,5% para a linha de crédito Moderfrota e em 5,5% para o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “Agora, se uma pessoa quer comprar máquina sem financiamento, ela tem que ficar revirando ao mercado e o mercado está com juros entre 16% e 17% e aí o pessoal está achando meio caro e não quer fazer investimento”, pontua Bastos.
O valor total vendido em máquinas agrícolas no Brasil foi de R$ 5.034 bilhões no mês de fevereiro. O índice é 11,4% menor que no mesmo mês de 2022, quando foi de R$ 5,6 bilhões, e gera uma queda acumulada de 19,12% para o primeiro bimestre do ano. “Desde novembro até fevereiro, quando sofreu a cair as vendas, a média de queda foi de 20% em relação ao período de novembro e fevereiro do ano passado. Se não houver um aporte ao Plano Safra, não há chance de o cenário melhorar agora”, opina o dirigente.
O setor também espera um incremento no valor destinado ao crédito para aquisição de máquinas no Plano Safra 2023/24. Em reunião com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, no dia 8 de março, a Abimaq solicitou que fossem investidos R$ 45 bilhões nestas linhas. “Seria o melhor dos mundos”, afirma Bastos.
Correio do Povo
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