Painel debateu a regulamentação da atividade durante a pandemia e a importância da tecnologia para a Telemedicina
Onde estamos e para onde vamos na Telemedicina? Foi com essa provocação que Cristiano Teodoro Russo, presidente da Associação Brasileira de Startups de Saúde, abriu o painel Telemedicina e a Revolução na Saúde, mediado por ele no South Summit Brazil, no espaço Demo Stage, no Cais Mauá. Sobre o futuro, o painelista Thiago Julio, diretor médico da Memed, respondeu: "A estimativa é que nos próximos 3 a 4 anos, esse mercado global passe de 300 bilhões de dólares".
Participaram do painel ainda Lucas Bach, COO e CRO da Rapid Doc, e Mario Coroa, head de TI e diretor de Inovação Digital da AstraZeneca. Eles debateram o avanço da Telemedicina durante a pandemia de Covid-19. Segundo o representante da Memed, em 2019, no que chamou de pré-covid, foram movimentados 40 bilhões de dólares, enquanto em 2020, o número dobrou. No Brasil, ele destacou os serviços adjacentes à Telemedicina: do crescimento de 1,6 bilhão de dólares projetados, apenas 20% serão nas plataformas de Telemedicina e o restante em serviços de suporte a elas.
O papel de farmacêuticos, hospitais e startups em popularizar e humanizar a Telemedicina também foi debatido na ocasião. O representante da AstraZeneca afirmou que o tradicional foco na venda é ultrapassado. "A responsabilidade das farmacêuticas vai muito além de vender um produto", disse. Segundo ele, é preciso ver os pacientes como pessoas e entender que elas não compram medicamentos, se não souberem que têm uma doença. Por isso, Coroa destaca a importância do investimento em tecnologias de diagnóstico precoce e do fomento a um ecossistema de inovação em saúde.
Entender a Telemedicina como um "guarda-chuvas" que inclui vários serviços é um passo importante para que se entenda esse mercado, apoiado pelo representante da Rapid Doc. Conforme Bach, a regulamentação legal das atividades no último ano foi fundamental para o avanço do Brasil em Telemedicina. "O que foi deliberado e permitido que nós fizéssemos foi isso: o contato do médico com o paciente por uma plataforma", explicou. O mediador aproveitou para alertar o público que o atendimento por meio do WhatsApp não é reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina e não está incluído nas permissões mencionadas.
Correio do Povo
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