Valdeci Oliveira lembrou das dificuldades na infância, citando "água e açúcar"
A emoção marcou parte da solenidade de lançamento da segunda fase da campanha Movimento RS contra a Fome nesta quarta-feira. Ao falar sobre a iniciativa, o presidente da Assembleia, Valdeci Oliveira (PT), se emocionou e chorou. "É um momento importante de entendimento das pessoas, de amolecer seus corações e perceberem que isso aqui pode ser pequeno para quem tem, mas é grandioso para quem não tem", disse, antes de interromper a entrevista à TV Assembleia.
Em seguida, ele complementou. "Eu sei que o que é passar fome. Então, eu tenho certeza que esse movimento que todos estamos fazendo é para algo extraordinário, mais do que a política ou discursos". "Todos têm o mesmo direito de comer", complementou. Após, durante discurso, lembrou da época em que era criança e, apesar do empenho de seus pais, havia dias em que tinham "acesso apenas a água com açúcar".
Pouco depois, foi a vez do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Alexandre Postal, também recordar momentos difíceis. "Eu não cheguei a tanto da água com açúcar. Mas eu sei que levei anos para voltar a comer arroz com guisado. Porque minha mãe ficou viúva com cinco filhos, com 31 anos, e uma boa parte da nossa infância era arroz e guisado".
Informações
A ação espera arrecadar neste final de ano 600 toneladas. A campanha é apoiada pela ALRS, governo do Estado, Ministério Público gaúcho (MPRS), Tribunal de Justiça do RS (TJRS), Defensoria Pública (DPE/RS) e Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), além da sociedade civil. Conforme a coordenação, mais parcerias estão sendo feitas para ampliar o engajamento ao movimento.
Em Porto Alegre, o Palácio Piratini, Assembleia Legislativa e Palácio da Justiça, sedes dos três poderes, têm caixas no hall de entrada onde é possível depositar doações. No interior gaúcho, a orientação é consultar as Defesas Civis locais. O site reúne mais informações, bem como o número de WhatsApp: (51) 99548-3274, criado especialmente para esclarecer dúvidas da população.
Correio do Povo
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