Detenção de indígena ligado a ato contra as eleições desencadeou uma série de protestos em Brasília
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve determinar novas prisões de manifestantes nos próximos dias. Nesta segunda-feira, o Supremo confirmou a detenção do indígena José Acácio Serere Xavante, pelo prazo inicial de dez dias.
Ele foi detido pela suposta prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos. De acordo com uma fonte ligada às investigações, ouvida pelo R7 e pela Record TV, essa seria apenas a primeira de uma série de mandados de prisão que miram participantes e organizadores de atos contra o resultado das eleições e as instituições.
As prisões devem se estender por alguns dias e ocorrerem com discrição por causa dos riscos envolvidos, tendo em vista a realização de atos violentos.
A determinação de Moraes para prender José Acácio ocorreu após a Polícia Federal informar ao Supremo que o suspeito teria realizado manifestações de cunho antidemocrático em diversos locais de Brasília, "notadamente em frente ao Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília (onde invadiram a área de embarque), no Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios (por ocasião da cerimônia de troca da bandeira nacional e em outros momentos) e em frente ao hotel onde estão hospedados o presidente e o vice-presidente da República eleitos".
Após o cumprimento do mandado, manifestantes tentaram invadir a sede administrativa da Polícia Federal e atearam fogo em carros, ônibus e depredaram o patrimônio público em Brasília. A segurança do hotel onde estão integrantes do governo de transição, que fica próximo à região onde ocorrem os protestos, foi reforçada após o serviço de inteligência apontar a aproximação de manifestantes.
R7 e Correio do Povo
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