Cerimônia ocorrerá na próxima segunda-feira (12); Fernando Haddad é o principal nome cotado para assumir a pasta do governo
O nome do futuro ministro da Fazenda será anunciado após a diplomação do presidente e do vice-presidente eleitos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), respectivamente. O anúncio foi feito por Alckmin nesta quarta-feira (7). A cerimônia ocorrerá na próxima segunda-feira (12).
Questionado sobre o assunto, Alckmin disse apenas que é preciso ter "boas instituições" no país. "O importante não são as pessoas. Pessoas passam, instituições ficam", afirmou. As falas ocorreram durante um evento promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Um dos nomes favoritos para assumir o futuro Ministério da Fazenda é o do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que neste ano concorreu ao Governo de São Paulo, mas perdeu a disputa para Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Crescimento inclusivo
Alckmin destacou que o desafio do governo de Lula será proporcionar crescimento ao país de maneira inclusiva, com estabilidade e sustentabilidade. De acordo com ele, o objetivo é evitar que a inflação cresça.
"Porque a inflação não é socialmente neutra, ela tira o que tem do assalariado. O crescimento com inclusão, estabilidade e sustentabilidade. Esse é o nosso desafio. Não é pequeno mas é factível", disse.
O vice-presidente eleito citou um "diálogo permanente" envolvendo emprego e renda. Segundo ele, onde não há emprego, não há oportunidade para as pessoas. Ele descartou preocupação com eventual aumento de imposto, reforçando a promessa de simplificação tributária a partir da reforma tributária.
Modelo de saneamento
Alckmin afirmou ainda ser necessário "chamar atenção" para o fato de que outorgas muito elevadas em leilões de saneamento vão levar os compromissos de investimentos a patamares muito baixos.
Para ele, será necessário aperfeiçoar esse modelo. "Qual o equívoco aí? É ótimo ter lei de saneamento e trazer o setor privado. Mas quando se exige outorga altíssima, investimento vai lá para baixo. Você não está fazendo política pública para aumentar saneamento, você está fazendo caixa, aí ou vai ter que aumentar tarifa ou fazer investimento pequeno", pontuou.
"Eu vejo que tem espaço para todo mundo, e quanto mais estimular pequenas e médias empresas a crescer, melhor", afirmou. "Claro que vender água é bom negócio, coletar e tratar esgoto já não é tão simples, mas é necessário. Então, vamos ter que aperfeiçoar esse modelo de saneamento, exigindo mais investimento se quiser realmente universalizar", completou.
R7 e Correio do Povo
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