Enquanto presidente denuncia ataques ao país, vencedora do Nobel da Paz pede mais armas para enfrentar Moscou
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta segunda-feira que as Forças Armadas da Rússia bombardearam 30 áreas na região de Kherson, no sul do país, por pelo menos 258 vezes durante a última semana. O exército da Rússia se afastou da margem oeste do rio Dnipro no início deste mês, mas tem bombardeado cidades e vilarejos, incluindo a cidade de Kherson, de novos pontos na margem oposta.
Em discurso, Zelensky também disse que as forças russas danificaram uma estação de bombeamento que fornece água para a cidade de Mykolaiv, a noroeste de Kherson, em mais um ataque contra infraestruturas vitais para o país. À medida que a cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz se aproxima, a chefe de uma das organizações contempladas com a honraria pediu nesta segunda-feira que a comunidade internacional forneça armas à Ucrânia para ajudar o país a se defender e acabar com as atrocidades.
"Quando alguém me pergunta como acabar com esses crimes prolongados nos territórios ocupados, só posso responder: fornecer armas à Ucrânia para libertar esses territórios", disse à AFP em Estocolmo a advogada ucraniana de direitos humanos e presidente do Centro de Liberdades Civis, Oleksandra Matviitchouk.
"Devemos evitar mais danos à infraestrutura civil. E precisamos de sistemas de defesa antiaérea. Precisamos de outros tipos de equipamentos militares que possam nos ajudar a defender nossos céus", continuou.
A organização, co-laureada este ano com o Prêmio Nobel da Paz, assim como o defensor dos direitos humanos bielorrusso Ales Beliatski e a organização russa Memorial, receberá o prêmio em uma cerimônia em Oslo em 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel. "É uma situação estranha para mim e um sinal claro de que algo está errado com todo o sistema internacional quando uma advogada de direitos humanos pede sistemas de defesa aérea", concluiu.
R7 e Correio do Povo
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