Gasodutos já tiveram vazamentos detectados em setembro deste ano
Um trecho submarino de cerca de 250 metros do gasoduto Nord Stream 1 está destruído - revelaram nesta quarta-feira (2) os primeiros resultados das inspeções feitas pelo operador do gasoduto após as explosões ocorridas no final de setembro.
"Foram descobertas crateras (...) no fundo do mar, cada uma a pelo menos 248 metros umas das outras", declarou a empresa Nord Stream, em um comunicado. "O trecho do gasoduto entre as crateras", cuja profundidade é de "3 a 5 metros", está "destruído", acrescentou a nota.
Em 26 de setembro, foram detectados quatro vazamentos nos gasodutos Nord Stream 1 e 2, na costa da ilha dinamarquesa de Bornholm; dois, na zona econômica sueca; e dois, na Dinamarca.
A Promotoria sueca abriu uma investigação alguns dias depois do incidente e privilegia a hipótese de sabotagem. As autoridades judiciais alemãs e dinamarquesas também participam das investigações.
O consórcio Nord Stream, que administra a operação do Nord Stream 1, está fazendo suas próprias investigações, que "continuarão", disse nesta quarta.
Ambos os gasodutos ligam a Rússia à Alemanha e estão no meio de tensões geopolíticas desde o início da guerra na Ucrânia. A Rússia decidiu interromper as entregas de gás para a Europa, em resposta às sanções ocidentais impostas contra Moscou.
A origem das explosões ainda é desconhecida e tanto os Estados Unidos quanto a Rússia negam sua responsabilidade nestes episódios.
A Ucrânia afirma que os vazamentos foram o resultado de um "ataque terrorista planejado" por parte da Rússia contra os países europeus. Já a Rússia acusou o Reino Unido, na segunda-feira, de "dirigir e coordenar" a sabotagem, o que Londres rejeita com firmeza.
Ouça "O corte do gás russo e a Europa sob temor de inverno congelante" no Spreaker.AFP e Correio do Povo
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