Governo deve enviar, ainda esta semana, projeto de reestruturação das secretarias
Taline Oppitz
A expectativa desta semana é a de que a transição do governo gaúcho tome forma com o envio, pelo Executivo, à Assembleia Legislativa, de projeto de reestruturação das secretarias para o próximo mandato do governador reeleito Eduardo Leite (PSDB). As mudanças devem estar todas incluídas em um único projeto que chegará à Casa em regime de urgência.
A partir deste desenho, que deve ser aprovado ainda neste ano, antes do início do recesso parlamentar, que começa dia 23 de dezembro, as articulações envolvendo os espaços dos partidos aliados nas administrações direta e indireta serão intensificadas.
Leite e seu vice, Gabriel Souza (MDB), já realizaram contatos com alguns partidos. Entre eles o PP, que lançou o senador Luis Carlos Heinze no primeiro turno. O partido foi decisivo na primeira gestão do tucano, comandando a articulação política e, se aceitar o convite para integrar a base, será a maior bancada aliada no Legislativo. A resposta dos Progressistas deve ser conhecida nesta terça-feira. E, ao que tudo indica, será sim.
Partidos que estiveram desde o início com o principal adversário de Leite, o ex-ministro Onyx Lorenzoni, do PL, e o Republicanos, também serão procurados. Além do tamanho das bancadas, pesa nas negociações os apoios iniciais à Leite, ainda no primeiro turno.
Leite e Gabriel voltam de viagem à Inglaterra, onde participam de curso de administração pública, nesta segunda-feira. As agendas, então, serão imediatamente retomadas e ocorrerão avanços. Tanto na transição, que realizará seminário final nesta quarta-feira, quanto as conversas com os dirigentes e lideranças partidárias.
Fica, Arita
O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do estado do Rio Grande do Sul, entidade que representa 497 secretários de saúde dos municípios divulgou carta aberta solicitando ao governador reeleito, Eduardo Leite (PSDB), a manutenção de Arita Bergamnn no comando da pasta da saúde e também a permanência de sua equipe no próximo mandato. O texto menciona ainda um agradecimento pelo notório diálogo aberto com o setor e os avanços na saúde no primeiro mandato do tucano.
Em tempo: A complexidade envolvendo a próxima composição do governo gaúcho, com a necessidade de contemplar os aliados e futuros parceiros, se torna praticamente irrisória diante do desafio que já começou a ser enfrentado por Lula. A composição da equipe de transição nacionalmente representa um indicativo do que está por vir para atender exigências, expectativas e cobranças.
Correio do Povo
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