O presidente do Senado destacou que a criação do colegiado é direito da minoria e a presidência da Casa vai respeitá-lo
"Havendo fato determinado, número de assinaturas, orçamento definido, é direito da minoria e deve ser repeitado pela presidência, com a leitura dos requerimentos da CPI, como foram lidos os da CPI do MEC [Ministério da Educação], o dos crimes da Amazônia e o do crime organizado. Só não instalamos. Fizemos um acordo no colégio de líderes que não deveríamos fazer CPI no processo eleitoral", afirmou.
O presidente do Senado também fez uma defesa do resultado das pesquisas. Ele afirmou que os levantamentos "são importantes para o processo eleitoral" e mostram a "tendência do eleitorado".
"Há diferença entre intenção de voto e o voto na urna. Há movimentos eleitorais que acontecem de sexta para sábado e de sábado para domingo [que podem mudar votos]. Não podemos desvalorizar o papel das pesquisas e o que representam", lembrou. Para Pacheco, é importante corrigi-los e aperfeiçoar o processo para chegar aos resultados.
Pacheco também criticou o projeto de lei de autoria do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), que prevê prisão de 4 a 10 anos em caso de erro nas pesquisas. "Erros podem acontecer e pode haver, também, diferenciação entre uma pesquisa correta na quinta e o resultado no domingo da eleição", argumentou.
"O que não me parece razoável no projeto que li na Câmara é que a simples diferença entre a pesquisa e o resultado eleitoral possa constituir um crime de pena de 4 a 10 anos. Não se pode punir institutos de pesquisa simplesmente por aferição inexata", alertou.
R7
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