Empresas que fazem levantamentos sobre intenção de voto erraram previsões para o primeiro turno
Ministro da Justiça pede à PF que investigue institutos de pesquisaO ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, informou nesta terça-feira que pediu à Polícia Federal a abertura de uma investigação contra institutos de pesquisa de intenção de voto que erraram as previsões para o primeiro turno das eleições deste ano.
"Acabo de encaminhar à PF o pedido de abertura de inquérito sobre a atuação dos institutos de pesquisas eleitorais. Esse pedido atende a representação recebida no MJSP, que apontou “condutas que, em tese, caracterizam a prática de crimes perpetrados por alguns institutos", anunciou Torres em uma rede social.
As principais empresas do país que fazem levantamentos sobre a preferência do eleitorado brasileiro erraram diversas previsões para o primeiro turno deste ano, que aconteceu no domingo.. Algumas amostras, por exemplo, davam menos de 40% dos votos para o presidente Jair Bolsonaro (PL) e apontavam a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhar sem a necessidade de segundo turno, o que não aconteceu.
🚨🚨🚨 Acabo de encaminhar à #PF , pedido de abertura de inquérito sobre a atuação dos institutos de pesquisas eleitorais. Esse pedido atende a representação recebida no #MJSP , q apontou “condutas que, em tese, caracterizam a prática de crimes perpetrados” por alguns institutos.
— Anderson Torres (@andersongtorres) October 4, 2022
Reação do Congresso Nacional
No Congresso, deputados e senadores demonstraram insatisfação com a falta de assertividade dos institutos. Parlamentares da base do governo prometeram pedir a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as empresas.
Além disso, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou ao R7 que pretende apresentar um projeto de lei para punir institutos de pesquisa que errarem resultados de eleições no Brasil.
De acordo com Barros, o desempenho das empresas preocupa. Por isso, ele defende uma reação do Congresso. “Vamos discutir, ainda esse ano, um projeto para criminalizar pesquisas que não batam com o resultado das eleições ou que fiquem fora da margem de erro, com cadeia e multa”, detalhou.
R7 e Correio do Povo
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