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quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Moraes faz gesto de degola após voto de desembargadora a favor de Bolsonaro

 Segundo fontes ouvidas pela Record TV, o gesto do ministro não teria relação com o presidente Jair Bolsonaro

Alexandre de Moraes faz gesto de degola durante julgamento no TSE 

A imagem do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, fazendo um sinal de "degola" na sessão de julgamento no plenário da Corte na terça-feira (27) está circulando nas redes e desagradou apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). No momento do gesto, a magistrada Maria Cláudia Bucchianeri Pinheiro votava contra a proibição do presidente Jair Bolsonaro realizar lives com enfoque eleitoral nos palácios da Alvorada e do Planalto.

A Record TV procurou a assessoria de imprensa do TSE para comentar o episódio, mas a Corte não se manifestou sobre o tema até a última atualização desta matéria. Apesar disso, a reportagem apurou nos bastidores que o gesto de Moraes não teria relação com o voto da ministra ou com o presidente Jair Bolsonaro.

A explicação que corre nos corredores do TSE é que o Moraes estaria gesticulando para um juiz auxiliar sentado na primeira fila do plenário. Outros ministros do TSE também minimizaram o episódio.

O trecho do vídeo circula entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) desde a noite de ontem e chegou a ser comentado pelo filho de chefe do Executivo, o vereador Carlos Bolsonaro. "O que será que o ministro Alexandre de Moraes quis dizer com esse gesto?", questionou.

Moraes fez o gesto logo após a ministra Bucchianeri começar a falar. A magistrada considerou que as lives no Palácio da Alvorada não são atos vedados. “Entendo que fato de fazer uma live com estante de livro ou parede branca, mas na residência oficial não agrega nenhum valor a uma live que seria feita em quarto de hotel, mas com fundo branco”, argumentou a ministra do TSE.

No entanto, a maioria dos ministros, 4 contra 3, consideraram que o presidente não pode usar as dependências de prédios públicos para fazer lives eleitorais. O uso do espaço, segundo o plenário, fere a isonomia entre os candidatos pelo fator “icônico”.

Desde que assumiu o cargo, em 2019, Bolsonaro passou a fazer transmissões ao vivo nas redes sociais uma vez por semana, geralmente na quinta-feira. Com a campanha eleitoral chegando à reta final, o candidato à reeleição prometeu uma live por dia.

R7 e Correio do Povo

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