segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Programas eleitorais dos candidatos à Presidência apresentam fórmulas tradicionais

 Próximas inserções serão adaptadas de acordo com a percepção dos eleitores

Taline Oppitz

Aguardados com grande expectativa, os programas eleitorais dos presidenciáveis, que estrearam neste sábado, não fugiram às fórmulas tradicionalmente usadas na largada das veiculações. Considerando apenas as peças dos dois candidatos que polarizam a disputa, alguns pontos das táticas eleitorais já ficaram claras.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, defendeu seu governo, apresentando realizações de sua gestão e mencionando dificuldades enfrentadas e seus reflexos, como a pandemia, a seca e a guerra da Rússia contra a Ucrânia. A religião foi mencionada de forma rápida, com a utilização do versículo bíblico de João 8:32: “E a verdade vos libertará”.

O Hino do Brasil teve espaço no programa como pano de fundo, e imagens de Bolsonaro, em meio ao povo, defendendo a liberdade, ganharam destaque, assim como a defesa de que ele é um homem simples que fala o que pensa. Seu principal adversário, Lula, não foi citado diretamente. Houve apenas rápida menção à corrupção quando Bolsonaro assumiu o Planalto.

O programa do petista, por sua vez, já na largada, fez comparação da situação do país anteriormente e agora, mas também sem citar Bolsonaro. Os mortos pela pandemia, a situação da economia e do meio ambiente, com a Amazônia, abriram o programa. O componente religioso também entrou em cena, com Lula mencionando Deus e em imagem de um culto.

Diferentemente de Bolsonaro, no programa petista, o candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), ganhou espaço, mas breve. O papel de Alckmin na campanha não deixa de ser similar ao exercido por José de Alencar, em 2002, na primeira eleição de Lula. A bandeira do Brasil ganhou destaque em varias imagens, e o jingle é uma releitura do que marcou a vitória de Lula anteriormente.

A partir de agora, com as pesquisas qualitativas, os programas serão adaptados de acordo com a percepção dos eleitores, e o tom tende a subir.


Correio do Povo


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