Polícia Federal apontou crime por parte do presidente ao divulgar informações sigilosas; Lindôra Araújo assinou o documento
Vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, durante sessão no CNMPA Procuradoria-Geral da República pediu, pela segunda vez, o arquivamento de um inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga o presidente Jair Bolsonaro. Segundo a Polícia Federal, o chefe do Executivo pode ter vazado dados sigilosos de uma investigação. A peça é assinada pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo.
O presidente é suspeito de ter publicado nas redes sociais dados de um inquérito sigiloso que investiga o acesso indevido de hackers ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele também teria relatado as informações da investigação por meio de transmissão ao vivo feita pela internet. A notícia-crime foi enviada ao Supremo pela própria corte eleitoral em agosto do ano passado.
O relator do caso no Supremo, ministro Alexandre de Moraes, negou o arquivamento, solicitado pela PGR e solicitou novas diligências, como a realização de perícia no celular do ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cesar Barbosa Cid. Ele estaria envolvido na realização da transmissão pelas redes sociais.
Na peça, Lindôra alegou que "não existe o elemento subjetivo do tipo, qual seja, o dolo de satisfazer interesse ou sentimento seja pessoal, seja de terceiros". Ou seja, a procuradoria defendeu que não existiu dolo no ato do presidente, ou seja, a intenção de cometer crime.
R7 e Correio do Povo
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