Os preços de combustíveis continuaram fornecendo alívio e o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) passou a cair 0,70% em agosto, marcando a primeira taxa negativa desde setembro do ano passado, depois de ter subido 0,21% no mês anterior.
O dado divulgado pela FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta terça-feira (30) ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de queda de 0,54%.
Com isso, o índice passou a acumular em 12 meses avanço de 8,59%, desacelerando com força ante a taxa de 10,08% em julho e marcando o patamar mais fraco desde junho de 2020 (7,31%).
Segundo o Secovi (Sindicato da Habitação), o aluguel residencial em andamento com aniversário em setembro e correção pelo IGP-M será reajustado em 8,59%, percentual que corresponde à variação acumulada nos 12 meses encerrados em agosto. Por exemplo, um aluguel de R$ 2.000 que vigorou até agosto de 2022 passará para R$ 2.171,80 com o reajuste, valor a ser pago no final de setembro ou no início de outubro.
Em agosto de 2021, o IGP-M havia subido 0,66% sobre o mês anterior e acumulava alta de 31,12% em 12 meses.
O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, caiu 0,71% no mês, depois de ter avançado 0,21% em julho.
Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que tem peso de 30% no índice geral, acelerou a queda a 1,18% em agosto, depois de ceder 0,28% no mês anterior.
"Os combustíveis fósseis –dada a redução do ICMS e dos preços na refinaria– seguem exercendo expressiva influência sobre os resultados do IPA e do IPC, ambos com taxa negativa em agosto", explicou em nota André Braz, coordenador dos índices de preços.
No atacado, ele destacou as quedas nos preços da gasolina (-8,23%, ante +4,47% em julho) e do diesel (-2,97%, frente a +12,68% no mês anterior) como principais responsáveis pelo arrefecimento da inflação. Para o consumidor, o alívio mais expressivo partiu dos custos de passagens aéreas (-17,32%, contra -5,20%) e etanol (-9,90%, de -9,41%).
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) teve alta de 0,33% no período, de 1,16% antes.
O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
Fonte: Reuters - 30/08/2022 e SOS Consumidor
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