terça-feira, 2 de agosto de 2022

Epístola aos Hebreus - História virtual

 

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Epístola aos Hebreus
Papyrus 13 - British Library Papyrus 1532 - Epistle to the Hebrews - 2.jpg
Trecho da Epístola aos Hebreus no Papiro 13.
Categoria Epístolas Paulinas
Parte da Bíblia Novo Testamento
Precedido por: Filemon
Sucedido por: Hebreus 1

Epístola aos Hebreus é um dos 27 livros do Novo Testamento.

Autoria

Muitos cristãos atribuem a autoria da epístola ao apóstolo Paulo, mas percebe-se que o modo como ela foi elaborada difere das epístolas paulinas.

Ao contrario de todas as precedentes, a epístola aos Hebreus teve sua autenticidade posta em dúvida desde a antiguidade. Raramente se encontra sua canonicidade, mas a Igreja do Ocidente, até o fim do séc. IV, recusou-se atribuí-la a Paulo; e se a do Oriente aceitou o seu atributo, não foi sem fazer certas reservas no tocante da sua forma literária (Clemente de Alexandria, Orígenes). É que, com efeito, o estilo da escrita dessa carta é de uma pureza elegante que não pertence a Paulo. A maneira de citar e utilizar o AT não é a sua. Faltam aí o endereço e o preâmbulo com o qual ele costuma iniciar suas cartas.

Pode-se todavia reconhecer ressonâncias de pensamento paulino onde se desenvolveu o tema da fé: a lei antiga foi dada por intermédio dos anjos (Hebreus 2:2; Gálatas 3:19), a falha da geração israelita que saiu do Egito e morreu na travessia do deserto constitui uma advertência para os crentes (3:7-4:2; 1Co 10:1-13), os destinatários são como crianças que tem necessidade do leite maternal (Hebreus 5:12; I Coríntios 3:1-3), Abraão e o exemplo da fé (Hebreus 6:12-15; Romanos 4:17-21), a aliança no Sinai se opõe a Nova Jerusalém (Hebreus 12:18-24; Gálatas 4:24-26).[1]

Essas considerações levaram a críticos católicos e protestantes a admitir que foi um redator que se inscreve na ambiência paulina, mas não há acordo sobre quando e como identificar o autor anônimo. Outros candidatos são, Apolo, Lucas, Barnabé, Clemente de Roma, Silas, Filipe e Priscila.

Parece mais simples tentar traçar o seu retrato: trata-se de um judeu de cultura helenística, familiar na arte da oratória, atento a uma interpretação pontual das passagens veterotestamentária que utiliza, frequentemente segundo a versão dos LXX para apoiar seus argumentos.

Há quem acredite que não tenha sido escrita por Timóteo, visto que, segundo o versículo 23 do capítulo 13 desta carta, lemos o seguinte:

Logo, a menos que o autor se refira a si mesmo na 3ª pessoa do singular, constatamos que foi outro que não Timóteo a escrever esta carta.

Podemos também perceber que esta Carta terá sido escrita por alguém muito ligada à cultura e tradição judaica, o que não era o caso de Timóteo.

No terceiro século, Orígenes escreveu:

Quando foi escrito

Clemente, um dos pais da igreja primitiva, citou o livro de Hebreus em 95 dC. No entanto, provas internas, tais como o fato de que Timóteo estava vivo no momento em que a carta foi escrita e a ausência de qualquer evidência mostrando o fim do sistema sacrificial do Antigo Testamento, o qual ocorrera com a destruição de Jerusalém em 70 dC, indicam que o livro foi escrito por volta de 65 dC.

Conteúdo

No Novo Testamento, a epístola é única quanto à sua estrutura:

O livro de Hebreus é usado como um argumento final em defesa do Cristianismo. Usando uma lógica cuidadosa e referindo-se freqüentemente ao testemunho, o escritor define que Jesus Cristo é o Filho de Deus e digno da nossa . A preocupação principal do autor parece ser de estar atento contra a apostasia (Hebreus 6:4-8; Hebreus 10:19-39) e de confortar aqueles que parecem lamentar o esplendor do culto mosaico e o lado tranqüilizador, (inclusive do ponto de vista psicológico) de uma religião oficial que as jovens comunidades cristãs não estavam à altura de garantir (9:9b-10)[2] O livro compara e contrasta Jesus com toda história do Velho Testamento e argumenta que Cristo é o clímax de todas as coisas do passado.

O autor explica que a vida do fiel deve ser considerada como um êxodo continuo para uma pátria prometida (Hebreus 4:1-6) que não pode ser identificada com um lugar terrestre seja ele qual for (Hebreus 11:13; Hebreus 13:14).

Assim, o autor conclui:

Fatos Científicos em Hebreus

Em Hebreus 11:3, que foi escrito há 2000 anos atrás, é dito que “aquilo que se vê não foi feito do que é aparente”,[3] tendo a ciência descoberto há pouco tempo que tudo o que é visto é composto de algo que não podemos ver, os átomos. Esse é apenas um dos muitos exemplos de descobrimentos científicos que já estavam exemplificados na Bíblia séculos antes.

Referências


 

 

Wikipédia

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