Ministro determinou operação de busca e apreensão da Polícia Federal contra oito empresários
Taline Oppitz
Na primeira manifestação que fez ao comentar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra um grupo de empresários, o presidente Jair Bolsonaro (PL) evitou atacar a ação. Em almoço com empresários, perguntou: "Vocês acham que é proporcional bloquear as contas bancárias dessas pessoas? Tem justificativa uma medida desse tamanho?".
Alexandre de Moraes determinou operação de busca e apreensão da Polícia Federal contra oito empresários simpatizantes de Bolsonaro que, em conversas em grupo de WhatsApp defenderam reação para impedir a posse de Lula (PT) caso o ex-presidente vença as eleições. O ministro estabeleceu ainda o bloqueio das contas dos investigados nas redes sociais, determinou a quebra dos sigilos bancário e telemático e ainda que eles prestem depoimentos sobre “as ameaças à democracia brasileira”.
A investida de Alexandre de Moraes está sendo aplaudida por ala de lideranças do cenário político e fortemente criticada por outras. Um dos argumentos para ação deste porte, de fato, juridicamente incisiva, mas também preventiva, é a necessidade de investigação para averiguar se o grupo não se limitou apenas a comentários, mas, supostamente, teria bancado ‘’atos antidemocráticos”.
Não há dúvida de que apesar da cautela inicial de Bolsonaro ao comentar o fato, o episódio servirá como gasolina na fogueira do polarizado cenário nacional, na queda-de braço e investidas, que horas cessam, horas são ampliadas, entre o Planalto e seus aliados, o próprio ministro, o Supremo e Tribunal Superior Eleitoral.
Correio do Povo
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