Desde 2018, 11.343 mil refugiados vieram para o Estado através do programa de Interiorização do Governo Federal e OIM da Onu
O Rio Grande do Sul é o terceiro estado do país que mais recebeu venezuelanos desde 2018, quando a estratégia de interiorização do Governo Federal, que leva voluntariamente refugiados e migrantes do estado de Roraima e do Amazona para outras cidades no país começou a ser implementada.
“São quase 12 mil venezuelanos que chegaram no Estado só pelo programa sem contar os que vem por conta própria” explicou Iurqui Pinheiro da Rocha, coordenador do Escritório da Organização Internacional para as Migrações (OIM) da Organização das Nações Unidas (ONU) no Rio Grande do Sul.
Instalado em março de 2020 no Estado, o escritório não quer apenas oportunizar emprego e renda aos estrangeiros que chegam, mas também integrar os refugiados à sociedade. “Integração econômica através da empregabilidade, empreendedorismo, acesso a informações e direitos e capacitações. Esses são os principais eixos”. O programa de interiorização já chegou em 836 municípios do Brasil. Na frente do Rio Grande do Sul, com 11.343 mil venezuelanos, estão Santa Catarina e Paraná que receberam 13.361 mil e 13.226 mil de refugiados respectivamente. No Estado, Porto Alegre foi o município que mais recebeu migrantes da Venezuela (2444) seguido de Caxias do Sul (1279) e Canoas (1144). A OIM também desenvolve o programa Oportunidades, que oferece o ingresso mercado de trabalho.
“Nós conseguimos empregar uma média de 1300 migrantes no mercado de trabalho, são mais de 400 empresas parceiras”, ressalta Iurqui. Ele destaca também a plataforma online que o refugiado pode acessar para pesquisar vagas no mercado de trabalho “Nós criamos também uma plataforma de empregabilidade: oportunidades connect brasil. Nessa plataforma nós temos mais de 4300 migrantes cadastrados e mais de 450 empresas”.
O Rio Grande do Sul tem cerca de 90 mil imigrantes registrados, conforme levantamento da Polícia Federal. Nos últimos três anos, a maioria dos ingressos tem sido de haitianos (30%), uruguaios (25%) e venezuelanos (19%). Em Porto Alegre, a estimativa é de 30 mil imigrantes de diversas nacionalidades.
Correio do Povo
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