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sexta-feira, 1 de julho de 2022

Puxada pelo diesel e pela gasolina, venda de combustíveis no Brasil cresce mais de 6% em maio

 


A venda de combustíveis no Brasil cresceu mais de 6% (6,1%) em maio, na comparação com igual mês do ano passado, com impulso da comercialização de diesel e gasolina, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) atualizados no meio da semana.

As distribuidoras venderam 11,88 bilhões de litros de combustíveis em maio. O volume representa um avanço de 5,5% na comparação com abril. No acumulado do ano, o País registra um avanço de 3% na venda dos combustíveis, com 56,7 bilhões de litros.

Mesmo com o aumento dos preços, o diesel registrou um aumento de 7,5% nas vendas das distribuidoras em relação a abril e de 6,2% frente a maio do ano passado, para 5,3 bilhões de litros.

De janeiro a maio, o aumento das vendas do diesel na comparação com o mesmo período de 2021 foi de 2,9%, bem menor que o da gasolina, que avançou 13,4%.

As vendas de gasolina cresceram 5,2% na comparação com abril e 10,9% na comparação com maio de 2021, para 3,4 bilhões de litros.

A comercialização de etanol hidratado, por sua vez, manteve-se na contramão dos derivados de petróleo, recuando 6,9% em maio na comparação com abril e 12,7% em relação a maio do ano passado. No ano, o volume do biocombustível vendido pelas distribuidoras apresenta uma queda de 19,1%, com consumidores optando pela gasolina.

Aumento do estoque

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) propôs nesta quinta-feira (30) que distribuidoras e refinarias ampliem de setembro a novembro deste ano o estoque mínimo obrigatório de diesel S10, o tipo mais comercializado no País.

Segundo a agência, o objetivo da medida é reduzir o risco de desabastecimento do combustível no território nacional, em meio à guerra na Ucrânia e à previsão de alta da demanda pelo produto no segundo semestre deste ano.

Atualmente, produtores e distribuidores precisam manter estoques semanais médios de diesel de três a cinco dias. Pela proposta da agência, os estoques passarão a ser iguais ou superiores a nove dias do volume comercializado no mesmo mês do ano anterior.

A ampliação seria somente para o período de 1º de setembro a 30 de novembro deste ano e para produtores e distribuidores que tiveram participação igual ou superior a 8% na comercialização de óleo diesel.

Segundo a ANP, setembro, outubro e novembro são “os meses de maior demanda histórica nacional, decorrente do período de safra agrícola, e da temporada de furacões na região do Golfo do México, Estados Unidos, de onde se origina a maior parte das importações brasileiras de S-10”.

A agência não descarta a extensão dessa medida após novembro, mas diz, em nota, que “dependerá de avaliação” posterior do cenário.

O Sul

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