domingo, 31 de julho de 2022

PDT homologa candidatura de Vieira ao Piratini e insiste em negociação com o PSB

 Pedetistas solicitaram nova rodada de negociações com os socialistas. Encontro ocorrerá neste domingo



O PDT do RS homologou neste sábado, em convenção realizada durante parte da manhã e o início da tarde na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, a candidatura do ex-deputado Vieira da Cunha ao governo do Estado. O nome foi aprovado sem nenhum voto contrário.

Os convencionais também aprovaram as nominatas dos candidatos à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa. São 32 nomes para deputado federal e 56 para estadual. E delegaram para a executiva os trâmites necessários para inclusão, exclusão ou substituição de nomes nas chapas, caso necessário.

Conforme Vieira, o partido entende que não estão esgotadas as negociações com o PSB, o MDB e o PSD. O PSB deve anunciar na segunda-feira a retirada da candidatura do ex-deputado Beto Albuquerque ao governo. O partido segue informando que terá candidato, mesmo que não seja Beto, mas Vieira solicitou uma reunião com o socialista para este domingo, de forma a tentar encaminhar uma negociação na qual o PSB indique um nome para vice em sua chapa.

Caso as articulações não tenham êxito, e seja necessária chapa pura, o comando pedetista já tem algumas diretrizes. Estabeleceu que a vaga de vice ficará com uma mulher. E, para o Senado, tem ventilados três nomes: o ex-prefeito de Passo Fundo, Airton Dipp, o ex-deputado Carlos Cardinal e o advogado Antônio Carlos Côrtes.

Vieira, que discursou logo após a homologação de seu nome, fez duras críticas ao atual governo, do PSDB, e, mais diretamente, ao ex-governador Eduardo Leite,  que deixou o cargo em março e agora disputará mais uma vez o comando do Executivo.

Destacando uma das bandeiras históricas do PDT, a educação, ele se referiu a atual administração como "desgoverno Leite/Ranolfo, que tem diminuído ano a ano os recursos para a educação." Na sequência, afirmou que conforme os cálculos dos técnicos da legenda, "se o governo atual cumprisse a Constituição, eram R$ 4 bilhões a mais no ano para a educação."

Ele se referiu ainda a administração tucana como "governo testa de ferro do poder econômico", e instou os presentes a não perderem a oportunidade de "varrer essa gente do poder aqui no RS." Ainda em referência expressa a Leite, afirmou que "o mentiroso disse que não ia vender a Corsan. A próxima é a Corsan. E se essa gente ficar mais quatro anos, vai vender o Banrisul sim."

Durante todo o evento foi distribuído folder como resumo do plano de governo para 12 áreas, uma alusão também ao número do PDT. As áreas são segurança pública, desenvolvimento econômico, infraestrutura, meio ambiente, gestão, finanças públicas, justiça e direitos humanos, cultura, esporte e lazer, educação, saúde e emprego e renda.

Sobre a disputa nacional, Vieira minimizou a polarização mostrada por diferentes pesquisas eleitorais nas intenções de voto entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT), e pediu voto para o candidato do PDT, o ex-ministro Ciro Gomes. "Sou Ciro! Não preciso optar entre o diabo e o coisa ruim."

Correio do Povo


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