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quinta-feira, 2 de junho de 2022

Venda de veículos no Brasil melhora em maio e se aproxima dos resultados de um ano atrás

 


O mercado de veículos novos cresceu 27% em relação a abril e praticamente empatou com o de maio do ano passado com vendas de 187 mil unidades, incluindo caminhões e ônibus. Foi o quarto mês seguido de alta e o melhor resultado do ano. Também é a primeira vez desde julho passado que os números se aproximam dos números do ano anterior.

No acumulado dos cinco meses, contudo, as vendas somaram 740 mil veículos, número 17% inferior ao de igual período de 2021.

O setor segue com dificuldades no abastecimento de semicondutores e novas fábricas devem suspender a produção. A Volkswagen, por exemplo, é uma das mais afetadas nos últimos meses e já avalia dar mais dez dias de férias coletivas ao pessoal da fábrica Anchieta, no ABC paulista, caso não receba componentes até início de julho.

Somente o mercado de automóveis e comerciais leves teve vendas de 175,6 mil unidades, com crescimento de 28% ante abril e similar ao de maio de 2021. No ano, o segmento acumula 689,2 mil unidades vendidas, 18% menor ante os cinco primeiros meses de 2021.

No ranking de vendas, a Fiat segue na liderança, com 22,1% das vendas totais. A General Motors vem em segundo lugar, com 14%.

Nas três posições seguidas estão Toyota, Hyundai e Volkswagen, com resultados muito próximos, respectivamente de 10,8%, 10,7% e 10,5% de participação nas vendas totais.

Os modelos mais vendidos até agora foram picape Fiat Strada, com 41,2 mil unidades. Depois seguem Hyundai HB20, com 34,9 mil, Chevrolet Onix (29,9 mil), Fiat Mobi (26,7 mil) e Volkswagen T-Cross (26,5 mil).

Os dados ainda são parciais e deverão ser confirmados em breve pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Setor industrial

Em outra frente, um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta quarta-feira (1º) mostra que a alta dos preços de insumos e de matérias-primas atingiu o setor industrial de modo inesperado em março. Segundo o levantamento, o aumento dos custos de insumos e matérias-primas nacionais superou as expectativas de 71% das empresas, na indústria extrativa e de transformação, e de 73% no caso específico da indústria da construção civil.

Segundo a CNI, 58% das empresas na indústria extrativa e de transformação e 68% na construção relataram aumento de preços de insumos importados acima do esperado. Para a confederação, o resultado coincide com o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que agravou a desestruturação das cadeias de suprimento. Como consequência, além dos atrasos e interrupções no fornecimento de insumos, também houve elevação de preços.

“Em cinco setores, o aumento generalizado dos preços nacionais surpreendeu mais de 80% das empresas. São eles: produtos de borracha, biocombustíveis, metalurgia e veículos automotores e produtos de limpeza. A alta de custos nos insumos importados superou as expectativas de 100% das empresas de biocombustíveis, de 94% das indústrias de produtos de borracha, de 75% do setor de impressão e 73% da indústria química”, informou a CNI. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da Agência Brasil.

O Sul

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