Desempenho recorde de R$ 51 bilhões representa 71,6% do faturamento total dos sete ramos do cooperativismo no Estado
Impulsionadas pelo bom desempenho da safra 2020/2021 e pela valorização das principais commodities agrícolas, as cooperativas agropecuárias gaúchas atingiram no ano passado uma receita recorde de R$ 51 bilhões, desempenho 45,9% superior ao de 2021 e equivalente a 71,6% do faturamento total dos sete ramos de cooperativismo no Rio Grande do Sul. As chamadas sobras – resultado financeiro positivo que é distribuído entre os cooperados ou reinvestido nas próprias organizações – aumentaram 9,5% na mesma base de comparação, para cerca de R$ 1,03 bilhão. Os dados são da publicação Expressão do Cooperativismo 2022, apresentada ontem pela Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs).
Segundo o presidente da entidade, Darci Hartmann, a pandemia de Covid-19 trouxe dificuldades à economia, mas também estimulou a busca de soluções em conjunto e reforçou o sentimento de “pertencimento” dos associados às cooperativas. “Todos os ramos tiveram de se reinventar, tivemos de acionar a criatividade, e os números provam que os desafios foram superados”, avaliou. Mesmo em um cenário de alta dos custos de insumos, as cooperativas do ramo agropecuário empregavam 40 mil pessoas em 2021, o que aponta um avanço de 3,8% em relação à mão de obra do ano anterior. O número representa 53,3% dos postos de trabalho diretos no cooperativismo gaúcho. “O agro não parou e foi um empregador muito forte no período de crise”, disse Hartmann.
O ano passado também foi positivo para as cooperativas de crédito. No período, seus depósitos a prazo cresceram 17,7%, para R$ 33,8 bilhões, e os depósitos à vista totalizaram R$ 9,2 bilhões, valor 11,5% superior ao do ano precedente. No caso das sobras, o resultado de R$ 2,2 bilhões reflete um salto ainda maior, de 44,4%, na comparação ano a ano. O contingente de empregados aumentou 15,5%, chegando a 13,8 mil. “As cooperativas de crédito estão em todos os rincões do Rio Grande do Sul, onde muitos bancos não alcançam”, destacou Hartmann.
Correio do Povo
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