A Polícia Federal (PF) adquiriu 71 veículos blindados para reforçar a segurança dos candidatos e das equipes policiais dedicadas à proteção dos presidenciáveis durante a campanha eleitoral deste ano. Em reunião para apresentar o planejamento do trabalho aos partidos políticos e à imprensa, a PF informou que teve gasto total de R$ 32 milhões em compras de diversos equipamentos para o trabalho a ser realizado durante o processo eleitoral. Além dos veículos, os gastos incluem aquisições de coletes balísticos, uniformes e outros itens.
A PF também estima um custo operacional de R$ 25 milhões a ser gasto ao longo do trabalho da campanha eleitoral, envolvendo principalmente os deslocamentos dos policiais federais para acompanhar os candidatos e pagamentos de diárias.
Segundo o coordenador de proteção à pessoa da PF, delegado Thiago Marcantonio, as aquisições de equipamentos também servirão para outros trabalhos realizados pela PF de segurança a autoridades públicas, como chefes de nações estrangeiras.
Apesar de o período de campanha só começar oficialmente em 16 de agosto, a PF começou a traçar as estratégias para esse trabalho de segurança em março. Desde abril, a corporação treinou servidores e convidados para formar as equipes de segurança, através do Curso de Proteção à Pessoa.
Na reunião, a PF informou às equipes dos candidatos que desenvolveu uma metodologia para análise de risco que vai definir o tamanho das equipes de policiais destinadas para cada campanha presidencial. Essa análise de risco continuará sendo feita ao longo da campanha para identificar possíveis ameaças e necessidades de reforços.
A depender do risco, as equipes destacadas para cada candidato serão maiores ou menores. Uma campanha com risco máximo deve contar com o apoio de aproximadamente 30 policiais federais. O efetivo total mobilizado para a proteção dos presidenciáveis é de aproximadamente 300 policiais, que estão passando por um treinamento específico sobre o tema e terão apoio de profissionais de outras áreas, como apoio logístico, inteligência, grupos táticos e outros.
As campanhas também terão participação na escolha dos policiais federais que integrarão suas equipes de segurança, em conjunto com a PF.
Para o diretor-executivo da corporação, Sandro Avelar, a polarização da campanha eleitoral não significa necessariamente um aumento do risco.
“É notório que vai ser uma eleição que até o momento está muito polarizada, mas isso não implica em dizer que é uma eleição de maior risco. Mas estamos preparados para realizar o trabalho mesmo em um ambiente de muitas paixões”, afirmou Avelar.
O Sul
Nenhum comentário:
Postar um comentário