Nomeada nessa quarta-feira (29) como nova presidente da Caixa, Daniella Marques tem dito a aliados ter recebido carta branca do presidente Jair Bolsonaro para apurar as denúncias de assédio sexual e fazer mudanças na diretoria do banco público, de acordo com o colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles.
A ideia de Daniella é criar um comitê de crise para apurar as denúncias contra seu antecessor, Pedro Guimarães, feitas por funcionárias da instituição financeira. A executiva também já identificou três diretores próximos de Guimarães, e pretende trocá-los.
Em conversas reservadas, a nova presidente da Caixa tem dito que seu objetivo será “preservar” a imagem do banco, a qual ela reconhece que foi bastante arranhada pelas denúncias contra Guimarães, reveladas pelo Metrópoles e em apuração pelo Ministério Público Federal.
Bastidores da escolha
Braço direito do ministro da Economia, Paulo Guedes, Daniella foi sugerida para assumir a caixa por diferentes integrantes do governo. Entre eles, o advogado-geral da União, Bruno Bianco, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Bianco, aliás, participou das reuniões que Bolsonaro teve com integrantes da área de comunicação do governo e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), na noite de terça-feira (28), no Palácio da Alvorada, para discutir como reagir às denúncias contra Guimarães.
Segundo relatos, logo após receber o agora ex-presidente da Caixa no Alvorada, o presidente ligou para Daniella Marques ainda na noite de terça a fim de sondá-la para o cargo. Nesta quarta, os dois também conversaram no Planalto, com as presenças de Guedes e Guimarães.
Desde que foi anunciada, a nova presidente da Caixa também recebeu ligações de integrantes da cúpula do Congresso Nacional em apoio. A esses parlamentares ela tem dito estar resolvendo os trâmites burocráticos e que sua posse deve acontecer na próxima terça-feira (5).
O Sul
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