segunda-feira, 30 de maio de 2022

Vendas em shoppings centers crescem 34,8% no primeiro trimestre no Brasil

 


O setor de shopping centers no País teve um crescimento de 34,8% nas vendas no primeiro trimestre de 2022, segundo o balanço trimestral da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers). Descontando a inflação, a alta foi de 22,2%.

O resultado foi o primeiro positivo do setor desde o mesmo período de 2019, quando foi registrado um crescimento de 8,5%. O desempenho negativo nos anos subsequentes ocorreu devido à pandemia, com os shoppings acumulando quedas de 9,1% e 25,9% nas vendas nos primeiros três meses de 2020 e de 2021.

Segundo a Abrasce, o resultado está ligado também à forte variação das vendas em março na comparação com o mesmo mês no ano anterior. A alta foi de 132,5%. Já em fevereiro, o aumento anual foi de 10,6%, e de 10% em janeiro.

Todas as regiões do Brasil apresentaram recuperação no setor. O levantamento destaca os resultados no Norte, com crescimento de 42,7%, e no Sudeste, de 38,1%, que ficaram acima da média nacional.

O Centro-Oeste apresentou alta de 32,9%, enquanto o Nordeste avançou 31,6% e o Sul, 28,5%. Outro dado do levantamento aponta o ticket, ou preço, médio das vendas nos shoppings. No primeiro trimestre, foi registrada variação negativa de 7,6%, com a média caindo de R$ 138,38 para R$ 127,88.

Comparando com o mesmo período de 2020 e de 2019, porém, o crescimento foi de 9,5% e 13,8% respectivamente. Houve aumento, ainda, no número de visitantes nos shoppings, que a associação atribui ao avanço da vacinação contra a Covid-19. O fluxo de visitantes aumentou 22,3% em janeiro, 24,2% em fevereiro e 153% em março, comparando com os mesmos meses de 2021.

Entretanto, a base de comparação é fraca, já que engloba o período da segunda onda de Covid-19 no Brasil e os fechamentos decorrentes dela. A expectativa da Abrasce para 2022 foi revisada para cima após os dados trimestrais. Antes, era esperada uma alta de 13,8% nas vendas neste ano, e agora a projeção é de crescimento de 17,3%, ou 9,2% descontando a inflação.

O presidente da associação, Glauco Humai, afirma que o aumento no número de visitantes e nas vendas indicam que o setor de shopping centers deve não apenas se recuperar dos efeitos da pandemia, mas também se aproximar “com velocidade” do patamar anterior à crise.

“São resultados animadores que mostram consumidores retornando cada vez mais aos shoppings com segurança e procurando o lazer que proporcionamos. Os investidores e empreendedores do setor devem começar a colher cada vez mais frutos neste período de retomada do setor e 2022 está se mostrando ainda mais promissor que imaginávamos”, diz.

O Sul

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