Presidente estadual do União Brasil diz que partido aguarda as movimentações para se posicionar na corrida ao Piratini
Se nacionalmente o União Brasil (UB) desistiu de compor uma aliança de terceira via com MDB, PSDB e Cidadania e lançará candidatura própria, no Rio Grande do Sul a expectativa ainda é de que a sigla indique um nome para compor uma chapa majoritária na corrida ao Palácio Piratini. Porém, o impasse não passa pela indicação de nomes, mas sim às indefinições do cenário, que complicaram-se com o recente aceno do ex-governador Eduardo Leite (PSDB) de entrar na disputa. “Também ficamos presos a essa decisão”, avaliou o presidente estadual do partido, deputado federal Luiz Carlos Busato, ao avaliar os impasses envolvendo o PSDB e o MDB na disputa ao Piratini. Ele pondera que o União Brasil aguarda essas definições para se posicionar, o que espera que ocorra até o final do mês.
No caso dos tucanos, o fato novo é a possibilidade de Leite, que renunciou ao cargo de governador em março, entrar na disputa. Outro cenário é o próprio governador Ranolfo Vieira Júnior ser o candidato, uma vez que esse é o único cargo que ele pode disputar na eleição desse ano. Já no MDB, o partido lançou como pré-candidato o deputado estadual Gabriel Souza. PSDB e MDB ainda não anunciaram o restante das suas chapas, no caso quem ocupará a vaga de vice e quem estará na disputa ao Senado. Para Busato, Ranolfo e Gabriel, assim como o seu próprio partido, estão aguardando a posição final de Eduardo Leite, que para ele, poderia ser a “grande surpresa” no tabuleiro. Mesmo assim, Busato disse que as conversas permanecem.
Resultado da fusão do PSL e o Dem, o partido criado no início do ano traz para uma coligação recursos - já que nacionalmente ficou com o maior fundo eleitoral e partidário - e tempo de televisão. E para compor as chapas, segundo o presidente estadual, nomes aptos não faltam, citando o seu próprio e o do ex-prefeito de Porto Alegre José Fortunati.
Único deputado a permanecer na sigla após a fusão das duas siglas no Estado, o deputado estadual Thiago Duarte (ex-Dem) ressalta que é importante para o partido estar numa boa coligação na disputa estadual, que fuja dos extremos. E reforça a necessidade de ampliação da representatividade na Assembleia e na Câmara. Com a fusão, o União Brasil nasceu com seis deputados estaduais (4 do PSL e 2 do Dem), ficou apenas com um de origem (Thiago Duarte) e atraiu mais dois, Aloísio Classmann e Dirceu Franciscon. Com a saída dos quatro federais, ficou sem representação gaúcha na Câmara. As projeções do partido são ambiciosas para o legislativo neste ano, com a meta de formar uma bancada na Assembleia com cinco vagas e três na Câmara.
Correio do Povo
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