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terça-feira, 10 de maio de 2022

Ucranianos foram levados à Rússia "contra vontade própria", dizem EUA

 Governo da Ucrânia afirma que 1,2 milhão de pessoas foram confinadas em campos do lado russo da fronteira



Os Estados Unidos têm indícios de que os russos estão expulsando ucranianos de seu país à força e os mandando para a Rússia, afirmou nesta segunda-feira (9) o porta-voz do Pentágono, John Kirby.

"Não posso dizer quantos campos há nem como são", disse aos jornalistas. "Mas temos indícios de que os ucranianos estão sendo levados à Rússia contra vontade própria", acrescentou.

O governo ucraniano garante que 1,2 milhão de pessoas foram deportadas para a Rússia e confinadas em campos desde o início da guerra.

O comportamento da Rússia é "inadmissível" e "não é próprio de uma potência responsável", ressaltou Kirby, para quem o presidente russo, Vladimir Putin, "não aceita, nem respeita a soberania da Ucrânia".

Uma funcionária do governo ucraniano, Liudmila Denisova, citada pelo centro de comunicação oficial Spravdi, afirmou: "Mais de 1,19 milhão de nossos cidadãos, entre eles mais de 200 mil crianças, foram deportados para a Federação da Rússia".

Ela se absteve de classificar essas deportações como limpeza étnica e utilizou o termo "brutalidade russa".

"Por 75 dias, [a Rússia] brutalizou a Ucrânia e o povo ucraniano", declarou. "E cada vez que pensamos que não podem ser mais baixos, mostram que nos equivocamos", completou.

AFP e Correio do Povo


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