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segunda-feira, 30 de maio de 2022

Presidente dos Estados Unidos visita cidade do massacre escolar para consolar população traumatizada

 


O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e sua esposa Jill chegaram neste domingo (29) em Uvalde, a pequena cidade do Texas consternada após o massacre em uma escola de ensino fundamental que deixou 21 mortos.

À medida que surgiam depoimentos de crianças que sobreviveram ao ataque, o presidente pediu ações para evitar futuros massacres em um país onde os esforços para endurecer as regulamentações sobre armas de fogo falharam repetidamente.

“Não se pode tornar os dramas ilegais, eu sei. Mas é possível tornar os Estados Unidos mais seguros”, disse Joe Biden em um discurso no sábado, lamentando que “muitas pessoas inocentes tenham morrido”.

“Então, estou pedindo a todos os americanos agora que se unam e façam com que suas vozes sejam ouvidas e trabalhem juntos para tornar esta nação o que pode e deve ser”, disse o presidente.

Enquanto isso, histórias perturbadoras surgiam de crianças que sobreviveram ao massacre de terça-feira, quando Salvador Ramos, de 18 anos, abriu fogo com um fuzil semiautomático.

Ramos entrou em uma sala de aula, fechou a porta e se dirigiu às crianças: “Vocês todos vão morrer”, antes de abrir fogo, disse um sobrevivente, Samuel Salinas, de 10 anos, ao canal ABC.

A polícia admitiu ter tomado uma “decisão errada” ao adiar a sua entrada no centro educacional depois de ser alertada sobre o tiroteio.

De fato, levou cerca de uma hora para que o massacre terminasse, apesar de vários telefonemas de crianças pedindo intervenção. Os 19 agentes que estavam no local aguardavam a chegada de uma unidade especializada. No final, Ramos foi morto pela polícia.

Impulso de solidariedade

Desde quarta-feira, moradores desta pequena cidade e de outras cidades chegam ao memorial improvisado com 21 cruzes brancas de madeira instaladas na praça com os nomes de 19 crianças e dois professores mortos.

Os participantes silenciosos formam um círculo ao redor do memorial, dão as mãos e rezam. Eles também deixam flores e bichos de pelúcia que se juntam às inúmeras mensagens de carinho escritas nas cruzes, palavras como “eu te amo” ou “vou sentir sua falta”.

“É importante estar aqui, para oferecer condolências à comunidade”, diz Rosie Varela, 53, que viajou uma hora da cidade texana de Del Rio com o marido e o filho adolescente.

“Eles não estão sozinhos; estamos aqui para apoiá-los. Teria sido triste se ninguém viesse aqui”, acrescenta ela com lágrimas nos olhos. “Temos que ajudar essas crianças a sair desse trauma, dessa dor”, disse Humberto Renovato, 33 anos, nascido e criado em Uvalde.

“Ter coragem”

A vice-presidente Kamala Harris, que em meados de maio compareceu ao funeral de uma das 10 vítimas negras mortas em um tiroteio racista em Buffalo, Nova York, disse que “não permitiremos que aqueles motivados pelo ódio nos separem ou nos assustem”.

Ela também pediu aos legisladores que ajam.

“O Congresso deve ter a coragem de enfrentar o lobby das armas de uma vez por todas e aprovar leis razoáveis de segurança de armas”, tuitou, referindo-se à poderosa e influente National Rifle Association (NRA).

O Sul

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