segunda-feira, 9 de maio de 2022

Países do G7 se comprometem a deixar de importar petróleo russo

 Reunião por videoconferência teve a participação de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia



O G7 dos principais países industrializados "comprometeu-se a proibir ou eliminar gradualmente as importações de petróleo russo", informou a Casa Branca neste domingo (8). "Isso será um duro golpe para a principal artéria da economia do (presidente russo Vladimir) Putin e lhe negará a renda necessária para financiar sua guerra", acrescentou em comunicado.

O texto não especifica quais compromissos foram assumidos pelos membros do G7 (França, Alemanha, Canadá, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos), que realizou neste domingo sua terceira reunião do ano por videoconferência, com a participação do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

A escolha da data é altamente simbólica, pois os europeus comemoram o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa em 8 de maio. A reunião também foi realizada na véspera do desfile militar na Rússia, em 9 de maio, marcando a vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista.

O Ocidente até agora mostrou uma coordenação muito próxima em seus anúncios de sanções contra Moscou. No entanto, não avança no mesmo ritmo quando se trata de petróleo e gás russos.

Os Estados Unidos, que não eram grandes consumidores do petróleo russo, já proibiram sua importação.

Os membros da União Europeia, pressionados a aplicar essa medida, são muito mais dependentes da Rússia. Neste sentido, a UE continua, neste domingo, as intensas negociações para estabelecer um embargo ao petróleo russo.

Enquanto isso, os Estados Unidos também anunciaram novas sanções contra a Rússia, que afetam a mídia e o acesso de empresas e grandes fortunas russas a serviços de consultoria e contabilidade, tanto americanos quanto britânicos, que são os grandes especialistas mundiais.

Ao incluir em sua lista a Channel One Russia, a emissora de televisão Russia-1 e a NTV Broadcasting Company, Washington proíbe qualquer empresa dos EUA de financiá-los por meio de publicidade ou vender equipamentos. "Nenhuma empresa americana deve se envolver no financiamento da propaganda russa", disse um alto funcionário da Casa Branca, que pediu anonimato.

Também proibiu os serviços de "auditoria, gestão, consultoria, serviços de marketing, todos os serviços usados para operar empresas multinacionais, mas também potencialmente para evitar sanções ou esconder riquezas adquiridas de forma perversa", informou a mesma fonte.

Ressaltou ainda que enquanto os europeus têm laços industriais mais estreitos com a Rússia, os Estados Unidos e o Reino Unido, por outro lado, dominam o universo dos serviços, nomeadamente através dos "Big Four", os quatro gigantes mundiais da auditoria e consultoria: Deloitte, EY, KPMG e PwC.

Washington também anunciou novas proibições à exportação de produtos dos EUA para a Rússia, de todos os bens de capital, desde escavadeiras até sistemas de ventilação e caldeiras.

Finalmente, anunciou a imposição de restrições de visto a 2.600 personalidades russas e bielorrussas, bem como sanções contra funcionários dos bancos Sberbank e Gazprombank.

AFP e Correio do Povo


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