domingo, 29 de maio de 2022

Governo nega o risco de falta de diesel, pois o País tem estoque para 38 dias

 


O Ministério de Minas e Energia se manifestou por meio de nota nesta sexta-feira (27) e esclareceu que está atento ao abastecimento nacional de combustíveis desde o início da guerra entre Ucrânia e Rússia e que os estoques de óleo diesel S10 somados com a produção nacional garantem o suprimento do mercado nacional por 38 dias.

“Em outras palavras, se as importações desse combustível fossem cessadas hoje, os estoques, em conjunto com a produção nacional, seriam suficientes para suprir o país por 38 dias. Além disso, desde o início da intensificação do monitoramento do abastecimento pelo Governo Federal, a autonomia de óleo diesel aumentou de 30 para 38 dias em termos de dias de importação (aumento de 26,7%)”, diz o texto.

A nota foi emitida em resposta à carta enviada pela Petrobras na última quarta-feira que trata sobre uma possível dificuldade de abastecimento de diesel no País.

Segundo o ministério, foram adotadas medidas “imediatas” para intensificar o monitoramento da logística e oferta de “petróleo, gás natural e seus derivados, nos mercados doméstico e internacional”.

Ainda segundo a nota, o ministério, em conjunto com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) criou, em março deste ano, um Comitê Setorial de Monitoramento do Suprimento Nacional de Combustíveis e Biocombustíveis para acompanhamento da situação do suprimento do diesel.

“O Comitê, com base nos subsídios técnicos dos seus membros e convidados, constituiu, ainda no mês de março de 2022, a ‘Mesa de Abastecimento de Óleo Diesel’ para acompanhamento da situação do suprimento desse combustível, que possui papel de destaque na matriz brasileira de transporte e nível de dependência externa da ordem de 30%, com o objetivo de adotar medidas e ações visando à garantia do seu abastecimento, sem prejuízo das atribuições da ANP”, informa o ministério.

“Destaca-se que os fatos elencados pela Petrobras em sua carta, como a redução da oferta e dos estoques mundiais de óleo diesel, em função da conjuntura energética mundial, e o aumento da demanda pelo produto, no segundo semestre do ano, são fatos amplamente conhecidos e monitorados pelo Comitê.

“O Ministério de Minas e Energia segue atento aos movimentos do mercado doméstico e internacional, mantendo o monitoramento de forma intensa e constante para adotar medidas tempestivas em conjunto com os demais órgãos governamentais nas esferas das suas respectivas competências, conforme a evolução do cenário”, finaliza a nota.

O Sul

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