A Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) prevê que a Petrobras deverá reajustar o preço dos combustíveis em breve, segundo divulgado pelo Correio Brasiliense.
A projeção é de que haja um reajuste de 12% no preço da gasolina e de 24% no diesel, que corresponderiam à diferença entre os preços praticados no mercado brasileiro e externo.
Vale destacar que a Petrobras está há quase dois meses sem reajustes nos preços dos combustíveis.
O presidente da Abicom, Sérgio Araújo, explicou que: “o mercado espera ações da Petrobras alinhadas com seu discurso de necessidade de preços alinhados ao mercado, para evitar desabastecimento e dar segurança para que sejam realizados os investimentos necessários”.
O preço médio do litro da gasolina comum praticado no Brasil é de R$ 7,283, já do óleo diesel é de R$ 6,610, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), referente a semana de 24 a 30 de abril.
Mundo
Quando o assunto é gasolina cara, o Brasil ocupa a 3º posição em uma lista de 29 países mais a zona do euro, segundo cálculos da Oxford Economics divulgados pelo jornal Valor. A pesquisa leva em consideração o poder de compra dos cidadãos e o valor do litro do combustível.
Segundo os economistas, em 6 anos o preço da gasolina disparou 57% e tende a subir ainda mais se a Petrobras decidir seguir com a política de paridade internacional.
O preço de um litro de gasolina comum equivale a 9% do salário médio diário no Brasil, empatando com o Paquistão e atrás apenas de Filipinas (19%) e Indonésia (13%), de acordo com Marcos Casarin, economista-chefe para América Latina, e Felipe Camargo, economista-sênior para a região.
O custo do combustível no Brasil é maior do que em outros pares latino-americanos e emergentes, como México (7%), Turquia (5%), Chile (3%), Rússia (3%), África do Sul (2%) e Colômbia (1%), e também do que na China (6%) e na zona do euro (2%).
Desde outubro de 2016, a Petrobras adota a política de Preços de Paridade de Importação (PPI), que vincula o preço dos derivados de petróleo ao mercado internacional. Após cinco anos da mudança, o combustível no Brasil concentra a maior alta da história, superando a inflação em mais de 30%.
Os economistas lembram que antes disso a empresa mantinha um regime de “flutuação suja” dos preços dos combustíveis, que visava suavizar os repasses aos consumidores.
“Como resultado [do PPI], o combustível agora representa uma parcela maior dos orçamentos das famílias do que qualquer país comparável no mundo, exceto a Indonésia e as Filipinas”, afirmam. “Os custos mais altos de combustível espremeram outros gastos, a ponto de o brasileiro médio agora gastar mais em transporte do que em alimentação ou aluguel.”
O Sul
Nenhum comentário:
Postar um comentário