Depois de permanecer por dez meses acima de R$ 5 e iniciar uma curva de baixas, o dólar fechou esta segunda-feira (2) cotado a R$ 5,071, após subir 2,58%, rompendo o patamar de R$ 5 pela primeira vez desde março, mantendo uma tendência de alta iniciada em abril.
Especialistas associaram essa valorização recente a dois principais fatores: a perspectiva de altas maiores de juros nos Estados Unidos e os temores em relação aos lockdowns estabelecidos em uma série de cidades economicamente relevantes na China.
Os juros norte-americanos maiores tendem a atrair investimentos para o mercado de títulos do Tesouro do país, retirando capital de mercados considerados mais arriscados que o dos Estados Unidos, caso do Brasil.
Já as medidas de controle de disseminação da Covid-19 na China, que afetam cidades como Xangai e Pequim, tendem a reduzir a demanda da segunda maior economia do mundo por commodities, prejudicando seus principais fornecedores, entre eles o Brasil, e influenciando negativamente nos preços desses produtos.
Ibovespa
Já o Ibovespa encerrou esta segunda-feira (2) em queda de 1,15%, aos 106.638,64 pontos, após reverter em abril a maior parte dos ganhos no ano, com ações de setores como aviação e commodities entre as maiores quedas do dia. Essa é menor pontuação desde 18 de janeiro, quando o índice bateu 106.668 pontos.
A expectativa dos investidores é que o Federal Reserve, banco central norte-americano, adote um tom mais duro no combate à inflação recorde no país e suba os juros em 0,5 ponto percentual.
Já em relação ao Brasil, espera-se uma elevação de 1 ponto percentual por parte do Comitê de Política Monetária (Copom), o que deixaria a taxa básica de juros, a Selic, em 12,75% ao ano.
Em abril, o Ibovespa teve o pior resultado mensal desde março de 2020, recuando 9,7%, enquanto o dólar subiu 3,79%, a maior alta mensal desde setembro de 2021. Na sexta-feira (29), o índice caiu 1,86%, aos 107.876,16 pontos, e a moeda norte-americana avançou 0,07%, a R$ 4,943.
O Sul
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