Apenas uma das 17 usinas contratadas pelo governo federal no leilão emergencial de energia, realizado em outubro do ano passado, entrou em funcionamento até o último domingo (1º), data prevista em contrato para início da operação dos empreendimentos.
As outras 16 usinas estão com o cronograma atrasado, segundo dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A lista inclui as 14 termelétricas movidas a gás natural que elevaram o preço total da contratação.
O edital permite atrasos de até três meses no início da geração de energia, ou seja, estabelece um segundo prazo até 1º de agosto. Passado esse adicional, o governo fica autorizado a rescindir os contratos.
A Aneel estima que as usinas contratadas no leilão custarão R$ 39 bilhões aos consumidores. O valor será pago nas contas de luz até 31 de dezembro de 2025, quando os contratos chegarão ao fim.
O leilão realizado em outubro foi convocado às pressas pelo governo federal e adotou regras simplificadas de contratação. O objetivo, na época, era garantir o fornecimento de energia ao País no caso de uma nova crise hídrica.
Foram contratadas 17 usinas, sendo 14 termelétricas movidas a gás natural,
uma térmica a biomassa e duas solares fotovoltaicas. Entre as usinas contratadas, somente a termelétrica Fenix, movida a biomassa, está em operação; 11 estão com previsão de entrar em operação até 1º de agosto, data-limite, mas em quatro delas as obras nem foram iniciadas; e
cinco estão sem nenhuma previsão de entrada em funcionamento, pois as obras não foram iniciadas ou estão paralisadas.
O Sul
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