terça-feira, 3 de maio de 2022

Dezesseis das 17 usinas contratadas pelo governo em leilão emergencial de energia seguem paradas

 


Apenas uma das 17 usinas contratadas pelo governo federal no leilão emergencial de energia, realizado em outubro do ano passado, entrou em funcionamento até o último domingo (1º), data prevista em contrato para início da operação dos empreendimentos.

As outras 16 usinas estão com o cronograma atrasado, segundo dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A lista inclui as 14 termelétricas movidas a gás natural que elevaram o preço total da contratação.

O edital permite atrasos de até três meses no início da geração de energia, ou seja, estabelece um segundo prazo até 1º de agosto. Passado esse adicional, o governo fica autorizado a rescindir os contratos.

A Aneel estima que as usinas contratadas no leilão custarão R$ 39 bilhões aos consumidores. O valor será pago nas contas de luz até 31 de dezembro de 2025, quando os contratos chegarão ao fim.

O leilão realizado em outubro foi convocado às pressas pelo governo federal e adotou regras simplificadas de contratação. O objetivo, na época, era garantir o fornecimento de energia ao País no caso de uma nova crise hídrica.

Foram contratadas 17 usinas, sendo 14 termelétricas movidas a gás natural,
uma térmica a biomassa e duas solares fotovoltaicas. Entre as usinas contratadas, somente a termelétrica Fenix, movida a biomassa, está em operação; 11 estão com previsão de entrar em operação até 1º de agosto, data-limite, mas em quatro delas as obras nem foram iniciadas; e
cinco estão sem nenhuma previsão de entrada em funcionamento, pois as obras não foram iniciadas ou estão paralisadas.

O Sul

Nenhum comentário:

Postar um comentário