A taxa de desemprego no Brasil deve ficar entre as maiores do mundo neste ano, segundo um levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating, elaborado a partir das novas projeções do FMI (Fundo Monetário Internacional) para a economia global.
No ranking, que inclui as estimativas do FMI para um conjunto de 102 países, o Brasil aparece com a nona pior estimativa de desemprego em 2022 (13,7%), bem acima da média global prevista para este ano (7,7%) e da taxa dos emergentes (8,7%). A projeção para o País é a segunda maior entre os membros do G20, atrás somente da África do Sul (35,2%).
A taxa média de desemprego no Brasil em 2021 foi de 13,2%, contra 13,8% em 2020, segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O levantamento da Austin mostra que o Brasil registrou a 16ª pior taxa de desemprego do mundo em 2021. No ano anterior, havia ficado na 22ª posição no ranking.
A agência faz uma projeção menos pessimista do que a do FMI para o desemprego no Brasil em 2022. Estima uma taxa média de 13%, o que colocaria o Brasil na 11ª posição no ranking. “Ainda que a estatística tenha algum ajuste, a realidade não se muda. Ainda será uma posição lamentável”, afirmou o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, autor do levantamento.
Outros países emergentes têm taxas previstas em patamares bem menores. A projeção para a China, por exemplo, é de uma taxa de desemprego de 3,7% em 2022. Para a Rússia, que está em guerra, a estimativa é de 9,3%. Na Argentina (9,2%) e no Chile (7%), o desemprego também tem patamar mais baixo.
O Sul
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