quinta-feira, 28 de abril de 2022

RS chega a 12 mortes por dengue em 2022

 Esse é o maior volume já registrado na série histórica



Foram confirmadas nesta quarta-feira mais quatro mortes por dengue no Estado. Com essas, chegam a 12 o número de óbitos pela doença no ano, maior volume já registrado na série histórica. O número de casos contraídos dentro do Estado (chamados de autóctones) também é o maior em um ano: são mais de 12 mil casos até o momento. A Secretaria da Saúde (SES) publicou hoje o comunicado do alerta máximo contra a doença no Rio Grande do Sul. A prevenção deve ser feita eliminando locais com água parada, onde o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, se reproduz.

Os últimos quatro óbitos registrados foram em residentes das cidades de Novo Hamburgo, Sapucaia do Sul, Cachoeira do Sul e Lajeado. As demais mortes já confirmadas ocorreram em Horizontina (dois óbitos), Chapada, Cristal do Sul, Igrejinha, Dois Irmãos, Boa Vista do Buricá e Jaboticaba. No ano passado, ao todo, o Rio Grande do Sul registrou 11 óbitos pela doença. Em 2020, foram seis.

A atualização desses números entrará até hoje no painel de arboviroses do governo do Estado. O Rio Grande do Sul possui neste momento 442 municípios considerados infestados pelo mosquito. Este é o maior número de cidades nessa situação na série histórica do monitoramento, realizado desde 2000. O expressivo número de casos e a larga distribuição do inseto pelo Rio Grande do Sul levam a SES a reforçar junto à população as medidas de prevenção. A principal ação é a eliminação de locais com água parada, que servem de pontos para o desenvolvimento das larvas do mosquito. Essa proliferação acontece em maior volume nesta época do ano, que alia temperaturas altas com chuvas mais recorrentes.

O Aedes aegypti tem em média menos de 1 centímetro de tamanho, é de cor escura e com riscos brancos nas patas, cabeça e corpo. O mosquito costuma ter sua circulação intensificada no verão, em virtude da combinação da temperatura mais quente e chuvas. Para se reproduzir, ele precisa de locais com água parada. Por isso, o cuidado para evitar a sua proliferação busca eliminar esses possíveis criadouros, impedindo o nascimento do mosquito.

Os depósitos preferenciais para os ovos são recipientes domiciliares com água parada ou até na parede destes, mesmo quando secos. Os principais exemplos são pneus, latas, vidros, cacos de garrafa, pratos de vasos, caixas d'água ou outros reservatórios mal tampados, entre outros.

Correio do Povo

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