Fachin disse que está aberto a "colaboração", mas nega hipótese de intromissão das Forças Armadas no processo eleitoral
O ministro Edson Fachin, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), disse nesta sexta-feira que aceita "colaboração", mas não "intervenção" nas eleições. "Colaboração, cooperação e parcerias pró-ativas para aprimoramento, a Justiça Eleitoral está inteiramente à disposição. Intervenção, jamais", afirmou em coletiva de imprensa durante visita ao Tribunal Regional Federal do Paraná.
Em cerimônia em defesa do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), na última quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que as Forças Armadas foram convocadas pelo TSE para participar do processo eleitoral. "Não se fala em voto impresso [nas sugestões]. Não precisamos de voto impresso para garantir a lisura das eleições", disse.
O chefe do Executivo destacou que uma das sugestões das Forças Armadas ao TSE seria a de ter um computador que faça uma apuração paralela e simultânea dos votos. De acordo com o presidente da República, a apuração atualmente acontece em uma "sala secreta", onde "meia dúzia de técnicos dizem ali no final: 'Olha, quem ganhou foi esse'".
O TSE já havia esclarecido que é falsa a afirmação de que os votos sejam feitos de forma secreta. "Em verdade, a apuração dos resultados é feita automaticamente pela urna eletrônica logo após o encerramento da votação. Nesse momento, a urna imprime, em cinco vias, o Boletim de Urna (BU), que contém a quantidade de votos registrados na urna para cada candidato e partido, além dos votos nulos e em branco", disse o tribunal, em nota.
Ainda de acordo com a instituição, "uma das vias impressas é afixada no local de votação, visível a todos, de modo que o resultado da urna se torna público e definitivo. Vias adicionais são entregues aos fiscais dos partidos políticos".
R7 e Correio do Povo
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