Por, Alex Pipkin
No mercado livre quem manda são os consumidores; nos países de sociedade “rent seeking”, no capitalismo de compadrio e nas ditaduras de abuso de um poder, como no caso do Judiciário na Republiqueta verde-amarela, quem manda são as “grandes autoridades”, os donos do poder.
O mundo e, especialmente, o Brasil, vivem uma crise econômica decorrente da pandemia do coronavírus e de outros aspectos de gestão econômica; o fenômeno inflacionário tende a ser global.
As empresas e os indivíduos no mercado competitivo e num ambiente inflacionário, a fim de permanecerem “vivos”, necessitam adaptar suas estratégias e seus comportamentos.
A inflação e a respectiva perda de poder aquisitivo, faz os consumidores procurarem por ofertas alternativas de menores preços, trocarem de itens ou abandonarem o consumo de tais bens.
Se as empresas aumentam o preço de seus produtos e serviços - em especial os supérfluos - elas correm o risco de ver a demanda por seus bens despencar e/ou desaparecer.
Mesmo com o aumento de custos elas precisam buscar alternativas, tais como a redução do tamanho de seus produtos, por exemplo, como vê-se no setor de refrigerantes e no caso de chocolates.
Tecnicamente, a “destruição da demanda" aponta que, além de um certo preço, a demanda do consumidor se dissipa.
Empresas e consumidores têm que se ajustar a situação econômica e a questão concorrencial. Interessante notar que mesmo quando há uma melhoria na condição econômica, aquelas organizações que não alteraram suas estratégias, acabam por destruir sua demanda, uma vez que o consumidor já tornou um hábito o novo comportamento de compra e de consumo. A questão do aumento do preço do combustível vai nessa linha.
Com as poderosas “autoridades” autoritárias, o mundo é completamente outro e diferente. Essas intervêm nos mercados de acordo com seu bel prazer, impondo barreiras tarifárias e não-tarifarias, subsídios, normas e leis. Desse modo, os governos nitidamente eliminam a competição e acabam com a essencial sinalização do mecanismo de preços.
Parte do funcionalismo, e especialmente o Judiciário, não está nem aí para o mundo real. Verdadeiramente, esta “Crème de la Crème” exige reajustes salariais, mais penduricalhos e benesses mil a cada mês que passa.
Nesse mundo real e surreal, a qualquer tempo um grande “estadista” e/ou um semideus togado decreta a sua lei e ponto final. No abissal estamento burocrático brasileiro somente é necessário impor e ajustar a fim de incrementar o poder, os privilégios e a extração de renda e de liberdade dos pobres cidadãos comuns por parte dessa “elite” de péssima qualidade.
Quando se pensa que as liberdades individuais e econômicas já foram ceifadas ao máximo, vem um supremo togado e impõe ainda mais prejuízos as empresas e aos cidadãos, claro, tudo em nome da democracia e do Estado de Direito.
Não é preciso ir ao encontro dos anseios da sociedade, basta somente impor por meio de uma canetada e desestruturar a vida dos outros.
Enquanto que empresas necessitam se adaptar, e indivíduos precisam ajustar o comportamento e a demanda - de alguma maneira o consumo de determinados itens -, à “elite” estatal basta decretar a redução das liberdades individuais e econômicas da sociedade, e o aumento de seus nababescos privilégios.
Esse país é literalmente governado por um punhado de sobas. E que diferença nos separam.
Pontocritico.com
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