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sexta-feira, 1 de abril de 2022

Doria renuncia ao governo de São Paulo e diz que mantém a pré-candidatura à Presidência da República

 


Nesta quinta-feira (31), João Doria (PSDB) confirmou que continuará sendo pré-candidato à Presidência da República neste ano. Além disso, o tucano afirmou que, para se manter na disputa presidencial, irá renunciar ao cargo de governador de São Paulo.

Dessa forma, quem assumirá a administração do Estado será o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que figura como pré-candidato a eleição estadual para tentar manter o PSDB no comando do governo paulista.

O movimento de Doria de continuar na disputa pela sucessão presidencial acontece após uma parte do PSDB ter afirmado que o político estava considerando permanecer como governador e disputar a reeleição em São Paulo, desistindo assim de disputar a eleição ao Palácio do Planalto.

A possibilidade de Doria permanecer no governo estadual foi interpretada como um ultimato que o tucano deu ao partido, ameaçando acabar com toda a construção de candidaturas no maior colégio eleitoral do país e implodir todos os acordos feitos previamente.

Doria foi o vencedor das prévias do PSDB, realizadas em novembro passado, para definir o candidato do partido a presidente em outubro. No entanto, o então governador continuou enfrentando resistência de alas da sigla, principalmente por figuras tucanas importantes como Aécio Neves e Tasso Jereissati.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, adversário de Doria nas prévias, também anunciou a renúncia ao governo estadual e cogita ser candidato a outros cargos eleitorais, incluindo presidente, apesar de ter perdido a disputa interna para o paulista. Leite, contudo, reforçou que respeita as prévias realizadas pelo partido.

Doria chegou a afirmar que as tentativas de parte do PSDB de reverter sua candidatura presidencial seriam um “golpe”.

Candidatura à Presidência da República

O prazo para políticos deixarem cargos para concorrer a outro posto nas eleições deste ano termina nesta semana. Sendo assim, Doria deve formalizar sua renúncia ao governo de São Paulo até, no máximo, o próximo sábado (02).

De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o dia 2 de abril marca a última data para desincompatibilização de candidatos à Presidência. Por força de lei, governadores, magistrados, secretários estaduais, ministros e demais donos de mandato eletivo devem deixar suas funções para que possam concorrer a outros cargos.

Apesar de seu desempenho no governo estadual ser bem avaliado em pesquisas, a rejeição a ele é grande. Nos levantamentos de intenção de voto para presidente, Doria não consegue decolar e aparece com menos de 5%. Dentro do PSDB, o político também enfrenta opositores.

O Sul

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