Documento foi encabeçado por Cláudia Araújo, que também é presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente
A retirada da obrigação do uso de máscaras em indústrias, comércios e locais de prestação de serviço em Porto Alegre é pauta de Projeto de Lei protocolado na última terça-feira pela vereadora Cláudia Araújo. Caso aprovada, a lei desobrigará a utilização do item de proteção inclusive nos órgãos públicos municipais, ambiente e veículos de uso público. “Temos 85,5% da população vacinada com no mínimo duas doses. Há uma demagogia muito grande pois todo mundo faz reuniões sem máscara, vai aos estádios sem máscara, vai para restaurantes e praia e na hora da foto veste a máscara”, explica a vereadora, presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (COSMAM).
Cláudia frisa que a lei não se aplicaria às pessoas imunodeprimidas, com comorbidades de alto risco, não vacinadas ou com sintomas de síndrome gripal, de quem poderia ser exigido o uso de máscaras. “Não sou contra a máscara nem contra a vacina. A ciência é importante e precisamos imunizar a população. Mas eu acho que temos que dar o direito de quem não tem comorbidade a de não usar. Precisamos voltar a vida”, enfatiza.
O Projeto de Lei passará pelos trâmites da Câmara de Vereadores, mas, segundo a proponente, após voltar da análise das comissões será pedida votação em caráter de urgência. “Vamos pedir a priorização por ser de interesse comum. Temos que nos adequar à realidade”, afirma. A vereadora afirma que, em caso de variantes ou novos picos da Covid-19 o posicionamento pode ser revisto. “Vale ressaltar que a liberdade do cidadão de continuar usando a máscara é de livre escolha do indivíduo”, diz Cláudia.
Integrante da COSMAM e líder da oposição na Câmara, Aldacir Oliboni é contrário à proposta. “Se não tivermos dados científicos da Organização Mundial de Saúde (OMS) isso não procede. Seria uma irresponsabilidade. Ainda com três doses da vacina estamos propensos a contrair a ômicron. O distanciamento e o uso de máscara em ambientes internos e externos ainda é fundamental” avalia.
Correio do Povo
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