Negociadores ucranianos exigem cessar-fogo, retirada das tropas russas do país e fortes garantias de segurança para o futuro
O chefe da delegação russa nas negociações com a Ucrânia observou uma "aproximação" de posições sobre o status de neutralidade da Ucrânia, e avanços na desmilitarização daquele país, anunciou nesta sexta-feira.
"O tema do status de neutralidade da Ucrânia e a sua não adesão à Otan é um dos pontos-chave das negociações, é o ponto em que as partes aproximaram ao máximo suas posições", disse Vladimir Medinsky, citado pelas agências russas. No entanto, ele apontou "nuances" nas "garantias de segurança" exigidas pela Ucrânia.
"No que diz respeito à desmilitarização, eu diria 50/50", comentou Medinsky, que disse não poder revelar detalhes sobre as negociações. Segundo ele, as delegações estão "na metade do caminho" de um acordo sobre o assunto.
Um dos membros da delegação ucraniana, o conselheiro presidencial Mykhailo Podoliak, publicou no Twitter que "as declarações da parte russa são apenas o início das suas exigências. Nossa posição não mudou: cessar-fogo, retirada das tropas (russas) e fortes garantias de segurança, com fórmulas concretas", ressaltou.
Moscou mantém negociações com Kiev e exige do governo ucraniano um status de neutralidade, como o da Suécia e Áustria. Também pede à Ucrânia que descarte uma adesão à Otan, além da desmilitarização e "desnazificação" daquele país.
AFP e Correio do Povo
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