terça-feira, 1 de março de 2022

Rússia acha “inaceitável” presença de armas nucleares americanas na Europa e exige retirada

 


O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, condenou nesta terça-feira (1º) a existência de armas nucleares dos Estados Unidos na Europa e voltou a exigir garantias de segurança da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

“Para nós, é inaceitável que, contrariamente às disposições fundamentais do Tratado sobre a Não-Proliferação de Armas Nucleares, as armas nucleares dos Estados Unidos sigam estando no território de vários países europeus”, afirmou o chanceler.

“Já é hora de as armas nucleares americanas voltarem para casa e que a infraestrutura associada na Europa seja desmantelada por completo”, completou.

Embaixador russo diz que guerra foi provocada pela Ucrânia

Vasily Nebenzya, embaixador russo na ONU, fez um pronunciamento nesta segunda (28), na sede das Nações Unidas, em Nova York, e afirmou que “não fomos nós que começamos a guerra. Ela foi o final de uma guerra começada pela Ucrânia”. Segundo ele, a relação entre os dois países mudou em 2014, quando houve o que Nebenzya considera um golpe contra o então presidente Victor Yanukóvich, alinhado a Vladimir Putin.

O embaixador russo afirmou ainda que a Ucrânia decidiu cancelar e abandonar o Tratado de Minsk e, junto a isso, o Ocidente passou a fortalecer o Estado ucraniano com armamento letal, além do envio de soldados americanos para a Polônia e a Alemanha, o que aconteceu no início de fevereiro. “Foi por isso que Putin tomou a decisão de reconhecer as duas repúblicas [Lugansk e Donetsk] e também por isso que começamos a operação militar em Donbass e, depois, na Ucrânia.”

Outra medida contra a Rússia revelada por Nebenzya é que os Estados Unidos exigiram que doze diplomatas deixem o país até o dia 12 de março. Para o embaixador russo, “isso é uma demonstração grosseira que a nação-sede da ONU tem”. Respondendo à pergunta de um jornalista, Nebenzya disse não saber qual é o motivo alegado pelos EUA para a expulsão dos diplomatas.

O Sul

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