A reunião entre o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, e seu colega ucraniano, Dmytro Kuleba, terminou sem avanços para um cessar-fogo no conflito que ocorre no território ucraniano, nesta quinta-feira (10), no sul da Turquia.
“Mencionamos um cessar-fogo, mas não houve avanços nesse sentido”, disse Kuleba à imprensa, acrescentando que se decidiu, com Lavrov, “continuar suas negociações neste formato”. O chanceler ainda afirmou que “a Ucrânia não se rendeu, não se rende e não se renderá”.
A Casa Branca informou que o presidente dos EUA, Joe Biden, deve fazer uma ligação telefônica com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, nesta quinta (10) para discutir os últimos desdobramentos do conflito na região.
Histórico de negociações conturbadas
Em duas semanas de guerra, representações da Ucrânia e da Rússia já se sentaram à mesa em três oportunidades para negociarem.
Na última ocasião, os representantes dos dois países tiveram “pequenos desenvolvimentos positivos” quanto à questão dos corredores humanitários para saída de refugiados e chegada de suprimentos a algumas cidades, segundo os negociadores ucranianos.
Mesmo assim, ainda de acordo com os ucranianos, as conversas não levaram a um resultado que “melhore significativamente a situação”.
O negociador russo Vladimir Medinsky afirmou que as negociações “não são fáceis” e “é muito cedo para falar sobre algo positivo”.
Embora o governo da Rússia diga que abriu os corredores humanitários em cinco cidades ucranianas, entre elas a capital Kiev, autoridades do governo ucraniano acusam o exército russo de continuar os bombardeios nas regiões do cessar-fogo.
Pelo Twitter, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia, Oleg Nikolenko, afirmou nesta terça que forças russas bombardearam uma rota de evacuação para civis presos em Mariupol. A Rússia não se manifestou sobre a acusação.
Enquanto isso, o lado russo alega que neonazistas e radicais ucranianos estejam atirando nos civis que tentam deixar o país. Em discurso no Conselho de Segurança da ONU, o embaixador da Rússia, Vasily Nebenzya, disse que há “evidências em vídeo” de que quando os refugiados chegavam aos postos de controle, “eram executados pelos nazistas ucranianos”.
O Sul
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