Em ação na Justiça, companhia alega que reverter aumento que já foi anunciado pode desestimular investimentos no setor
Em resposta à Justiça Federal, a Petrobras afirmou que um pedido para que a companhia seja obrigada a baixar o preço dos combustíveis tem "fins estritamente políticos e de resposta a uma categoria específica a fim de gerar uma pretensa discussão acerca de uma eventual culpa pelo atual preço da gasolina". A estatal defende que a precificação de acordo com o mercado internacional é importante para incentivar investimentos no setor de petróleo.
A companhia fez as afirmações no âmbito de uma ação movida pelo CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas). Atendendo um pedido da entidade, a juíza federal Flávia de Macêdo Nolasco deu prazo de 72 horas para que o governo e a Petrobras explicassem o reajuste anunciado pela Petrobras no preço do litro do diesel e da gasolina.
O CNTRC afirma que basear o preço dos combustíveis no valor do barril de petróleo praticado no mercado internacional e no dólar prejudica os consumidores brasileiros, que têm diferenças socioeconômicas com as populações de outros países. A Petrobras afirma que uma redução forçada dos preços poderia desestimular novos investimentos na área e prejudicar o trabalho da estatal.
"No caso, o que se verifica é que os autores pretendem fazer uso do instrumento da ação civil Pública para fins estritamente políticos e de 'resposta' a uma categoria específica a fim de gerar uma pretensa discussão acerca de uma eventual 'culpa' pelo atual preço da gasolina", diz um trecho da resposta da empresa.
A Petrobras afirma que todos os mercadores praticaram os reajustes anunciados no Brasil na semana passada, que levaram o preço do litro da gasolina passar de R$ 8 em vários estado e que, suspendendo o reajuste, pode haver desabastecimento.
R7 e Correio do Povo
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