Presidente gremista é o nome preferido da sigla para concorrer ao Governo do Rio Grande do Sul
Apesar de diversas negativas oficiais, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, segue como "ficha um" do PDT (Partido Democrático Trabalhista) para concorrer nas eleições ao governo do Rio Grande do Sul em outubro deste ano. Para integrar uma chapa no pleito, o mandatário precisa deixar as atividades políticas no Tricolor e seu cargo, por renúncia ou licença. O mandato atual se encerra no final da temporada. Dentro do partido, o nome de Romildo é considerado unanimidade de "dez entre dez trabalhistas" e existe uma campanha - "Queremos Romildo" - para pressionar o político a aceitar a candidatura. Carlos Lupi, que preside nacionalmente a sigla, veio até o Estado na última semana para reuniões visando avançar nas tratativas.
"Romildo é uma pessoa que tem origem na vida partidária. Foi vereador, foi prefeito por três mandatos, foi presidente do PDT (...) O partido não abre mão de lançá-lo. É uma liderança importantíssima", reiterou o presidente da sigla, Ciro Simoni, em entrevista para a jornalista Taline Oppitz, no Esfera Pública, da Rádio Guaíba, nesta terça-feira.
Internamente, o PDT confia que o presidente gremista deixe sua "cadeira" depois da final do Gauchão, no sábado, contra o Ypiranga, na Arena. O Grêmio venceu por 1 a 0 e tem vantagem na decisão. Ainda que reitere que o resultado dentro de campo não tenha qualquer interferência na decisão ou escolha, o entendimento interno é que um título estadual seria uma mudança no último contexto deixado por Romildo: o rebaixamento para a Série B.
"Romildo tirou o Grêmio da dificuldade financeira. Hoje, o clube vive outra realidade no cenário dos clubes. Ele tirou o clube do jejum e tem muita coisa positiva nesses últimos sete anos", disse. "O interesse vem de antes do Gre-Nais, dos resultados. É uma liderança que está acima disso. Queremos independente de qualquer coisa. Nós todos estamos na esperança de que ele seja nosso candidato a governador", ressaltou Simoni.
Apesar da empolgação em torno do nome de Romildo, o próprio presidente do PDT reconhece que - até o momento - todas as aproximações tiveram retorno negativo. "É uma vontade da base do partido. A identificação partidária cria um vínculo. É o que queremos ouvir. Pelo lado de PDT, queremos. Resta saber se ele irá aceitar", pontuou. Na semana passada, também em entrevista à Rádio Guaíba, o presidente gremista voltou a afirmar que não iria concorrer. "Não tenho condições de sair neste momento. Fico honrado pela lembrança, mas não discuto esse tema e não trato desse tema. Não tenho vida política e é bom que todo mundo saiba. Não tenho condições de concorrer", disparou Bolzan.
Conforme apurado pelos repórteres Paulo Nunes e Rafael Pfeiffer, no entanto, o presidente Romildo pode estar vivendo uma mudança de "contexto", o que aproximaria ele de uma eventual candidatura. A análise de que "não tem condições de sair neste momento" levava em conta uma realidade em que o mandatário - que foi campeão da Copa do Brasil e da América - precisava reorganizar a equipe que levou para a Série B. A vitória no Gre-Nal e um eventual título gaúcho criariam as condições para uma saída considerada pontual.
Rádio Guaíba e Correio do Povo
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