domingo, 13 de março de 2022

Os Estados Unidos “não lutarão a 3ª Guerra Mundial na Ucrânia”, diz o seu presidente

 


O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a dizer nesta sexta-feira (11) que o país não enviará tropas terrestres para a Ucrânia, que foi invadida pela Rússia no dia 24 de fevereiro.

“Não vamos lutar a Terceira Guerra Mundial na Ucrânia“, disse Biden depois de reiterar o total apoio dos Estados Unidos a seus aliados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e prometer que os EUA defenderão “cada centímetro” do território da aliança.

“Se tocarem nos países da Otan, vamos responder”, disse Biden em uma conferência do Partido Democrata, na Pensilvânia.

O americano disse aos democratas que conversou por telefone, durante quase uma hora, com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky – o que, segundo ele, tem feito diariamente.

Biden disse ter prometido ao líder ucraniano apoiar seu país com armas e ajuda humanitária. Além disso, o americano afirmou que os EUA estariam prontos para acolher refugiados da guerra.

Possibilidade

De acordo com Biden, o envio de apoio militar americano diretamente para a Ucrânia causaria a Terceira Guerra Mundial.

“Não se enganem sobre a ideia que mandaríamos ofensiva militar, aeronaves, tanques, pilotos e equipes americanas para a Ucrânia. Se isso acontecer, será a Terceira Guerra Mundial. Vamos deixar isso bem claro, por favor, não se enganem”, alertou o presidente americano.

A declaração acontece depois que os EUA recusaram formalmente a oferta de caças da Polônia que poderiam ser transferidos para zonas de combate na Ucrânia. O governo polonês afirmou estar pronto para colocar todos os seus caças MIG-29 em uma base da Força Aérea dos EUA e colocá-los à disposição de Washington.

Status

No início da tarde desta sexta, em meio a mais um dia de ataques russos na Ucrânia, Biden, anunciou a revogação do status de “nação mais favorecida da Rússia”.

Segundo Biden, isso foi feito em concordância com outros países do G7 e Otan, abrindo caminho para a imposição de tarifas sobre uma ampla gama de produtos russos e aumentando a pressão sobre a economia do país após a invasão à Ucrânia. A medida precisa ser aprovada pelo Congresso.

Sanções

O democrata anunciou ainda uma nova rodada de sanções contra o governo de Vladimir Putin, e bloqueou a compra de vodca e diamantes.

Os EUA vão barrar a importação de diamantes e vodca da Rússia – e que com outros membros do G7, poderiam retirar do país o status comercial de “nação mais favorecida”.

A medida, se tomada pelo grupo das nações mais industrializadas do mundo, abriria caminho para aumentos de tarifas para produtos russos.

O presidente Vladimir Putin é um “agressor, o agressor”, disse Biden, e deve “pagar um preço”.

A aprovação final da retirada da Rússia do status comercial de “nação mais favorecida” será tomada em coordenação com os países do G7 e a União Europeia, e será decidida pelo Congresso, mas a Casa já se demostrou ser amplamente favorável.

“Esses são os passos mais recentes que estamos dando, mas não são os últimos passos que estamos dando.” disse Biden. A Rússia chama suas ações na Ucrânia de “operação especial”.

Ele também disse que os Estados Unidos adicionariam novos nomes a uma lista de oligarcas russos que são sancionados e proibiriam a exportação de bens de luxo para a Rússia.

Biden afirmou ainda que proibirá futuros investimentos dos EUA em qualquer setor da economia russa e espera assinar logo a lei orçamentária que inclui 13,6 bilhões adicionais em ajuda à Ucrânia.

O Sul

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